VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS DE ULTRASSOM E RESISTIVIDADE ELÉTRICA PARA A DETECÇÃO DO ATAQUE POR SULFATOS DE ORIGEM INTERNA

Resumo

A presença de contaminantes nos materiais constituintes do concreto possibilita a ocorrência de mecanismos de degradação desde as primeiras idades do composto, uma vez que sua disponibilidade ocorre desde o inicio das reações de hidratação da pasta. O presente estudo tem por objetivo avaliar a viabilidade do emprego dos ensaios de ultrassom e resistividade elétrica na identificação de compostos contaminados por enxofre em duas idades distintas, 28 e 56 dias. Foram moldadas quatro séries de corpos de prova de concreto cilíndricos, sendo uma a referência, sem contaminação, e as demais com substituição parcial do agregado miúdo por sulfato de sódio (0,74%; 1,48%; 7,44%). Os teores de contaminação da mistura foram obtidos através de regulamentações normativas, que limitam o teor de SO3 com relação ao peso total dos agregados do composto. Para favorecer a ocorrência das reações de hidratação dos compostos, optou-se pela permanência dos corpos de prova, até os 28 dias de idade, em câmara úmida. Após esse período os materiais foram submetidos a um mecanismo de envelhecimento acelerado, no qual os corpos de prova foram alternados semanalmente entre uma câmara úmida e uma câmara seca, ambas com temperatura e umidade controladas. Os resultados mostram a validade dos ensaios empregados na distinção das séries estudadas. Quanto aos prejuízos derivados do ataque interno por sulfatos, seria necessário que os ensaios fossem realizados por um período maior de tempo. Contudo, constatou-se que com o aumento do grau de contaminação por sulfato de sódio ocorreu a redução da resistência à compressão, o aumento da resistividade elétrica e a redução da velocidade de propagação de ondas de ultrassom nos concretos estudados.Palavras-chave: Contaminantes. Concreto. Sulfato de sódio. Ultrassom. Resistividade elétrica.