Perspectiva exploratória das demandas por pesquisas acadêmicas aplicadas e de inovações industriais, para o alinhamento estratégico entre a universidade e as indústrias em Pernambuco.

Resumo

No cenário da economia pernambucana, marcada por ciclos de expansão e retração, a universidade como uma fonte de ciência e tecnologia, representa um papel importantíssimo na busca por novas formas de sanar as defasagens encontradas nas cadeias produtivas. Esta pesquisa científica tem como objetivo, através de uma perspectiva exploratória, mapear as demandas por pesquisas acadêmicas aplicadas e inovações industriais, visando um melhor alinhamento estratégico entre a universidade e os clusters industriais de Pernambuco. A metodologia definida é composta por pesquisas bibliográficas e de campo, de cunho teórico-empírico, em sintonia com Costa (2005), além de informações de instituições de regulamentação e apoio à indústria em Pernambuco, palestras e eventos de cunho científico. Um questionário aderente ao objetivo da pesquisa foi aplicado, direcionado para executivos inseridos, direta ou indiretamente, no cenário industrial naval, automotivo, de bens Intermediários utilizados na produção de outros bens, de bens de consumo, e de bens de capital. O questionário em uso está acompanhado por carta de apresentação, instruções para seu preenchimento, objetivo e finalidade, alertando inclusive sobre a garantia ao anonimato do respondente. Caracteriza-se pelo tipo aberto, com perguntas voltadas ao perfil do destinatário, com respostas livres e outro segmento do tipo fechado, para escolhas de respostas alternativas. A partir dos resultados atingidos até o momento, extraídos de 50 questionários já respondidos, de um total de 60 a ser atingido como espaço amostral da pesquisa, verifica-se que 82,76% dos entrevistados julgam como indispensável o uso da pesquisa acadêmica para manter-se no contexto da competitividade industrial. Em contrapartida, quando perguntados em relação à frequência com que essa pesquisa, produzida pela Escola Politécnica de Pernambuco, tem aproveitamento na indústria, cerca de 30,5% dos entrevistados responderam que não existe aproveitamento, enquanto 41,7% e 27,8% acreditam que é raro ou pouco frequente, respectivamente. Estes resultados parciais já demonstram a importância da aproximação estratégica entre a indústria e a universidade, visando o incremento das pesquisas acadêmicas aplicadas ao cenário de competitividade em Pernambuco. Conhecer as necessidades tecnológicas das indústrias deve-se constituir uma atividade permanente nas universidades, assim como o monitoramento da difusão de suas produções científicas e inovações.