Análise de fissuras com diferentes espessuras e profundidades em blocos de argamassa através do uso da termografia infravermelha

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Juliana Fell Coutinho Silva
Tarciana Simoni Batista
Yêda Vieira Póvoas Tavares

Resumo

Conforme o estudo realizado por Cincotto (1988), a fissuração é uma das principais patologias presentes em revestimentos de argamassa, cuja, detecção e avaliação são fundamentais para durabilidade dos empreendimentos. A termografia infravermelha é a técnica de diagnóstico que ganha espaço no mercado por ser não destrutiva e rápida (BARREIRA, 2004). Sendo assim, o objetivo da pesquisa é analisar a eficiência da termografia infravermelha na identificação e diferenciação de fissuras com espessuras e profundidades distintas. Para essa análise, foram moldados 9 corpos de prova prismáticos com argamassa (4x4x16cm), de relação água/argamassa igual a 0,19 (acima do recomendado pelo fabricante), cada um composto de 3 fissuras reproduzidas artificialmente por meio de lâminas de alumínio com espessuras 0,4mm; 0,5mm e 0,7mm, sendo que, as mesmas atingiam profundidades diferentes (0,5cm;1,5cm e 2,5cm) a cada conjunto de 3 corpos de prova. O ensaio foi realizado de forma passiva de hora em hora, ou seja, através da radiação solar e condições ambientes, durante um intervalo de 10 horas em um dia (8:15 – 18:15) e de forma ativa dividida em três momentos, com aquecimento artificial por intermédio de uma lâmpada infravermelha (250 Watts). Utilizando a câmera termográfica e o programa denominado FLIR, a partir das diferenças de temperatura e cores, imagens de calor, chamadas termogramas, foram captadas e inspecionadas respectivamente. Quanto a temperatura interna das fissuras, verificou-se mediante o auxílio do termopar de contato. Diante disso, foi possível observar com o uso câmera termográfica que no método passivo, na maioria dos horários, e no método ativo, com o bloco aquecido e molhado, a temperatura no interior das fissuras apresentou uma relação diretamente proporcional a profundidade da mesma. Enquanto que, com o termopar de contato, no método passivo (às 9h) e no método ativo, com o bloco molhado, a temperatura no interior da fissura apresentou uma relação inversamente proporcional ao valor da sua profundidade. Percebeu-se também que, com o aquecimento de forma artificial, obtiveram-se os valores mais significativos, por abranger menos variáveis e interferências ambientais. Pelo exposto, no que se refere aos estudos e ensaios propostos, é possível concluir que a termografia infravermelha, juntamente com o termopar de contato, demonstrou êxito no auxílio do diagnóstico de fissuras, apontando variações de temperaturas entre diferentes profundidades e espessuras na maior parte do dia.

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Seção
Engenharia Civil
Biografia do Autor

Juliana Fell Coutinho Silva, Universidade de Pernambuco

Estudante de Engenharia Civil na Escola Politécnica de Pernambuco - UPE.

Tarciana Simoni Batista, Universidade de Pernambuco

Estudante de Mestrado na Escola Politécnica de Pernambuco - UPE na área de Engenharia Civil.

Yêda Vieira Póvoas Tavares, Universidade de Pernambuco

Professora Doutora da Escola Politécnica de Pernambuco - UPE na área de Engenahria Civil.

Referências

CINCOTTO, M. A. Patologia das argamassas de revestimento: análise e recomendações. São Paulo: Pini/IPT, 1988.

BARREIRA, E. B. M. Aplicação da Termografia ao Estudo do Comportamento Higrotérmico dos Edifícios, 2004. Dissertação (Mestrado em Construção de Edifícios) - Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Porto, Porto, 2004.