INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA INSPEÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DE FACHADAS UTILIZANDO CÂMERA TERMOGRÁFICA INTEGRADA AO VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO (VANT): REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Willians Perlley Silva
Alberto Casado Lordsleem Júnior
Ramiro Ruiz Ballesteros

Resumo

A fachada é o elemento construtivo exterior cuja atenção deve ser prioritária em relação ao projeto, execução e manutenção, tendo em vista ser suscetível ao surgimento de manifestações patológicas que acabam por colocar em risco à segurança e a perda de desempenho do edifício. Em vista disso, o presente trabalho tem como objetivo apresentar os procedimentos necessários, as vantagens e as limitações do uso da câmera termográfica integrada ao veículo aéreo não tripulado (VANT) nos procedimentos de inspeção e monitoramento de fachadas, visto que tais ferramentas possibilitam alcançar áreas de difícil acesso, obter dados em tempo real, reduzir riscos operacionais, aumentar a segurança do operador e reduzir tempo de coleta. O desenvolvimento do trabalho foi baseado em revisão sistemática de publicações na área de conhecimento. Os achados encontrados permitiram verificar que a câmera térmica integrada ao VANT se mostrou uma ferramenta poderosa na realização dos processos de inspeção, sendo um instrumento capaz de identificar anomalias térmicas associadas a manifestações patológicas, como o descolamento do revestimento, fissuras/trincas, falhas de aderência ou ausência de argamassa, presença de umidade confinada em revestimentos cerâmicos, em outras palavras, com a termografia infravermelha integrada ao VANT foi possível detectar anomalias associadas a modificações mensuráveis das características térmicas como o fluxo de calor e a temperatura resultante, e manifestações patológicas com profundidades limitadas, ou seja, próximas a superfície. Como limitações, foi verificado que apesar da simplicidade de obtenção dos termogramas durante as inspeções, se não forem levadas em consideração as interferências e as condições ambientais nas quais as imagens foram obtidas, a análise e a interpretação podem levar a conclusões equivocadas. Ademais, percebeu-se que a capacidade de carga da bateria do VANT reduz o tempo de voo disponível; as oscilações climáticas além de interferir nas condições do voo implicam na emissividade calorífica da superfície que será estudada; a interferência de fachadas espelhadas na coleta de dados, além de outros fatores que interferem no desempenho dessa técnica. Por conseguinte, os trabalhos que vem sendo desenvolvidos pelas empresas especializadas nesses equipamentos e as pesquisas de ampliação dos modelos existentes, como o surgimento de VANTs com uma maior autonomia de voo e de câmeras térmicas de alto desempenho, tendem a suprir as desvantagens e garantir a eficácia da ferramenta em questão.

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Seção
Engenharia Civil