Manifestações Patológicas em Fachadas de Edificações Religiosas do Recife Análise Histórica e Elaboração de Mapa de Danos

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Thulio Roberto Silva do Nascimento
Eliana Cristina Barreto Monteiro
Lydia Marques Barreto

Resumo

A história da cidade do Recife é retratada em suas ruas e bairros históricos, que detêm monumentos como suas obras arquitetônicas religiosas, as quais se enquadram na definição de “Patrimônio Cultural” tratada na Conferência Geral realizada pela UNESCO (1972) em Paris. A conservação dos monumentos de uma cidade produz a valorização de sua história, assim como Ghirardello e Spisso (2008) afirmam que, a importância do patrimônio cultural para a sociedade pode ser compreendida pela conservação da memória dos diferentes grupos sociais em determinadas épocas. Porém, Tomaz (2010) aponta que para algumas pessoas, as edificações antigas são vistas como desatualizadas e ultrapassadas. Essa visão é construída pela aparência danificada de suas fachadas. Uma ferramenta importante para a identificação de manifestações patológicas em edificações é o mapa de danos, que consiste em representações que ilustram e discriminam todas as manifestações de deteriorações da edificação (TINOCO, 2009). Por isso, a presente pesquisa foi desenvolvida com o propósito de estimular a valorização das riquezas patrimoniais do Recife. Para tanto, foram escolhidas a Igreja Madre de Deus, a Basílica de Nossa Senhora do Carmo e a Igreja Matriz da Boa Vista, tendo como critérios: tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN; importância social; acessibilidade; e disponibilidade de dados. Os seus históricos foram analisados por meio de pesquisas bibliográficas, que esclareceram a importância dos prédios para a cidade do Recife. Os danos das fachadas foram identificados através de vistorias técnicas, além de registros fotográficos que viabilizaram o estudo detalhado em encontros posteriores. Em seguida, os mapas de danos foram construídos. A Igreja Madre de Deus teve todas as suas fachadas contempladas e as manifestações mais encontradas foram sujidade/crosta negra, vandalismo, corrosão de grades e deterioração de madeira. A fachada leste da Basílica do Carmo foi a sua única que pôde ter o mapa de danos elaborado, devido ao difícil acesso às demais. As principais manifestações identificadas nela foram a sujidade/crosta negra, manchas por umidade e o destacamento de pintura. A Igreja Matriz da Boa Vista teve as fachadas norte, leste e oeste analisadas e seus mapas de danos desenvolvidos. As manifestações mais recorrentes foram sujidade/crosta negra, desagregação em revestimento de rocha, manchas por umidade e destacamento de pintura. Por fim, foi verificado que as manifestações patológicas que acometem com intensidade as fachadas estudadas estão relacionadas com a ação de intempéries, que podem ser tratadas por meio de ações, programas de manutenção e limpeza. Logo, percebe-se que os mapas de danos contribuem grandemente para a valorização do patrimônio histórico das sociedades, permitindo a identificação dos problemas que afetam a integridade dos prédios estudados e viabilizando o desenvolvimento de ações que fomentam a sua conservação.

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Seção
Engenharia Civil