IMPORTÂNCIA DA TROPONINA T CARDÍACA HUMANA NO DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

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Katiucha Silva Rodrigues
Rosana Anita da Silva Fonseca

Resumo

As doenças cardiovasculares (DCV) encontram-se no topo como um dos principais problemas de saúde enfrentados por um país.  Segundo a Organização mundial da Saúde (OMS, 2020), as DCVs representam 72% do total de mortes no mundo(1, 2). A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2020)(3), afirma que durante esse período de pandemia, ocasionado pelo novo Corona Vírus, o número de notificações de óbito por doenças cardíacas no Brasil teve um aumento de 50%. Dentre estas doenças, destaca-se o infarto agudo do miocárdio (IAM), pelo seu alto nível de mortalidade e comorbidade. O IAM é diagnosticado através de exames clínicos e de imagem (eletrocardiograma), e suplementado com o exame laboratorial que consiste na dosagem de, pelo menos, um dos biomarcadores bioquímicos de necrose cardíaca. Entre os principais marcadores estão: as troponinas cardíacas - TnT e TnI e a creatina quinase - CK)(4, 5). Os biomarcadores são proteínas secretadas da célula, para a circulação, em concentrações elevadas na ocorrência de um dano celular e, por isso, são uma poderosa ferramenta relacionada para o diagnóstico e prognóstico de enfermidades agudas e crônicas. A troponina T é considerada pelas sociedades americana e europeia de cardiologia como padrão ouro para o infarto, devido ao fato de a elevação de sua concentração na circulação sanguínea acontecer nas primeiras horas do surgimento de sintomas característicos.  Durante o infarto agudo do miocárdio, a TnT cardíaca humana pode ultrapassar a concentração de 0,3 ng mL-1 na circulação no período de 3h à 4h após o inicio da lesão no miocárdio(4 6). Uma forma de dosar a concentração de TnT no sangue é através de metodologia imunológica que emprega marcador radioativo, por ECLIA, cuja análise requer mão de obra especializada. Os imunossensores são dispositivos que empregam a interação anticorpo-antígeno, mas dispensam marcação radioativa. Tal mecanismo apresenta características extremamente valiosas quando comparada à técnica ECLIA ou a outros métodos com finalidade equivalente as dele(7). O imunossensor apresenta três elementos em sua composição: um de natureza biológica, responsável pelo reconhecimento do marcador, outro denominado transdutor cuja sua função é converter o sinal de analítico em sinal elétrico de saída, e um aparelho de leitura, que exibe o sinal de saída para o analista. O reconhecimento do marcador biológico na superfície metálica do eletrodo presente no imunossensor requer mobilizado adequada do anticorpo e a cistamina é uma das substâncias empregadas para esse fim devido à ótima interação de seu átomo de enxofre com a superfície de ouro do eletrodo e seu grupo amino que fica livre para imobilizar o anticorpo(7). Esse trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura envolvendo artigos publicados nos últimos 7 anos. Essa revisão será fundamental para desenvolver e caracterizar um imunossensor que detectará a Troponina T Cardíaca Humana em poucos segundos de tempo, o que é um fator preponderante para o diagnóstico rápido do infarto agudo do miocárdio.

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Seção
Engenharia da Computação e Sistemas