Análise do plano de trabalho da monitoria de Expressão Gráfica II.

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Vinícius Francis Braga de Azevedo
Hiran Ferreira de Lira
Andréa Benício de Moraes

Resumo

O presente trabalho apresenta o plano de trabalho aprovado com bolsa pela UPE, desenvolvido para a monitoria de Expressão Gráfica II, no curso de engenharia civil, da Escola Politécnica de Pernambuco, da Universidade de Pernambuco. A produção e compreensão de projetos arquitetônicos com uma linguagem gráfica normatizada é fundamental para engenheiros que atuam em obras e projetos, sua finalidade está além de representar elementos gráficos de objetos de acordo com as diversas necessidades e em obra, vistoriar a sua execução conforme planejado. Tendo o projeto arquitetônico como base, o engenheiro civil poderá conceber outros projetos complementares, como o hidrossanitário, elétrico, de combate a incêndios e estrutural. Ademais, um projeto arquitetônico bem elaborado facilita o planejamento e controle da obra, favorece a compatibilidade de projetos complementares, minimiza o retrabalho, o desperdício e colabora com a sustentabilidade. Apesar de ser imprescindível para a formação do engenheiro civil, nota-se que parte dos alunos demonstram desinteresse em relação ao assunto abordado na disciplina, por acreditarem precariamente que a figura do engenheiro civil não está ligada a produzir projetos arquitetônicos, torna-se uma barreira ao aprendizado, nessa disciplina eles podem desenvolver partes imprescindíveis da visão espacial de projeto, tendo a capacidade de a partir da representação bidimensional no papel, ver formas tridimensionais e a partir delas poder analisar e prever problemas construtivos. Lecionar a disciplina de desenho arquitetônico para uma turma de engenharia civil vai muito além de simplesmente falar sobre leis, normas e técnicas que regem o desenho técnico de arquitetura: através desta disciplina, os alunos têm a chance de descobrir o que é arquitetura e quais as suas finalidades, chegando, muitas vezes, a desmistificar a ideia de que arquitetura é “mais forma e menos função” ou “muita arte e pouco cálculo”. (DE BARROS, 2007). Durante o semestre é proposto para que os estudantes formem duplas e busquem empenhar-se no desenvolvimento de projetos de edificações residenciais unifamiliares (sobrados) na primeira parte do semestre, e multifamiliares (edifícios) na segunda. Como a metodologia é baseada em elaboração de projetos, as dúvidas recorrentes são peculiares para cada projeto arquitetônico e, portanto, cada solução dependerá de um conjunto de fatores multifacetados, trazendo ao professor dúvidas inerentes aos diversos propósitos desenvolvidos pelos alunos, tornando assim o auxílio do monitor um facilitador no desenvolvimento dos projetos, auxiliando o docente na demanda de dúvidas e na sua explicação com clareza, atendendo todos os alunos. Nas primeiras semanas de aula, os discentes, comumente, concentram suas dúvidas no uso do software utilizado para elaborar os projetos, já que na internet e na biblioteca da universidade a bibliografia disponível para o assunto é reduzida. Na bibliografia recomendada consta uma apostila criada pela docente da disciplina, MicroStation para Iniciantes, que serviria de material de apoio para utilização do software, porém por sua versão ser de 2003 está bastante obsoleta em relação a versão atual do MicroStation e não é utilizada pelos alunos. Tendo esses fatores em vista, o plano de trabalho desenvolvido para a monitoria de Expressão Gráfica visa apresentar aos alunos o desenho arquitetônico, sensibilizando-os sobre a importância do projeto arquitetônico para o engenheiro civil, estimular o desenvolvimento acadêmico e profissional, monitorar o desenvolvimento dos discentes, a fim de ajudar a possibilitá-los a acompanhar o andamento da disciplina, estimulando o pensamento criativo e crítico dos discentes, facilitando a visualização tridimensional em projetos bidimensionais e na sua tomada de decisões no projeto, além de auxiliar os docentes da disciplina a acompanharem o desenvolvimento dos projetos desenvolvidos pelos discentes. Para isso, a monitoria funcionará seguindo o plano pedagógico da disciplina, desde o primeiro encontro, o monitor acompanhará os discentes presencialmente, tirando dúvidas e ajudando-os a analisar, entender e criar projetos arquitetônicos, estimulando sua relação entre percepção e criação. Será realizada também, nas primeiras semanas de aula da disciplina, a atualização da apostila utilizada como bibliografia da disciplina para auxílio da utilização do software utilizado para o desenvolvimento de projetos, conjuntamente com a produção de maquetes didáticas físicas e virtuais pelo monitor para simplificar a compreensão tridimensional de projeto arquitetônico pelo discente. Com isso, espera-se que a monitoria propicie um ambiente favorável para que os alunos exponham suas dificuldades e minimizem suas dúvidas, já que o monitor pode desenvolver uma linguagem de ensino diferente da usada pelo professor, aproximando-se mais dos alunos de modo a criar espaços de diálogo, ensino e aprendizagem, além de promover uma maior cooperação acadêmica e aproximação entre discentes e docentes. Com a atualização da apostila MicroStation para Iniciantes, espera-se facilitar o acesso dos estudantes às informações relacionadas ao funcionamento do software utilizado para desenvolvimento dos projetos, ao minimizar tais dúvidas, a monitoria irá poupar tempo e poder dar um enfoque maior em auxiliar questões projetuais, de pensamento crítico e criativo do discente. Ao estimular e ampliar o aprendizado dos discentes com uso de maquetes físicas e virtuais didáticas, favorecerá seu entendimento em questões representativas bidimensionais e tridimensionais, expressando mais diretamente a intenção do projeto e alimentando discussões produtivas. O conhecimento obtido pelos discentes ao analisar maquetes irá além de facilitar a produção de projetos para a disciplina, irá contribuir com o desenvolvimento acadêmico e profissional do estudante. Especialmente com projetos complexos, surgem muitos problemas de execução na obra, como incompatibilidades e imprecisões dimensionais, que poderão ser evitados por meio de uma visão mais completa do projeto. A complexidade de coberturas, em especial, poderá ser mais bem comunicada por maquetes, já que a base de desenhos de execução são predominantemente as projeções ortogonais dos objetos (KOWALTOWSKI, 2010). Com o plano de ensino, a monitoria poderá ser capaz de favorecer a ampliação de conhecimentos, tanto dos monitores quanto dos alunos, integrando os conteúdos pertinentes ao desenho arquitetônico e suas aplicações na área da engenharia.
 
Palavras-chave: Monitoria; Expressão Gráfica; Plano de trabalho; Desenho arquitetônico.
 
Referências
DE BARROS, Thyana Farias Galvão; CORREIA, Ana Magda Alencar. Quebrando tabus: o ensino do desenho arquitetônico no curso de engenharia civil, Graphica, 2007.
KOWALTOWSKI, Doris Catharine Cornelie Knatz et al. Reflexão sobre metodologias de projeto arquitetônico. Ambiente Construído, v. 6, n. 2, p. 7-19, 2006.
MORAES, Andréa Benício de. MICROSTATION PARA INICIANTES – Apostila, 2004.

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Seção
Engenharia Civil