Musicoterapia e Idosos: Uma Revisão da Literatura sob a perspectiva da Computação Afetiva

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Arianne Sarmento Torcate
Maíra Araújo de Santana
Flávio Secco Fonseca
Juliana Carneiro Gomes
Amanda Suarez
Gabriel Miranda de Souza
Giselle Machado Magalhães Moreno
Wellington Pinheiro dos Santos

Resumo

Dentre as doenças crônicas e degenerativas que ocasionam déficits cognitivos, comportamentais e funcionais na população idosa do Brasil e do mundo, este resumo faz recorte a doença de Alzheimer (DA), responsável por acometer de 60 a 80% dos casos em quadros demenciais (Souza et al. 2017). A DA pode ser classificada como progressiva, crônica e degenerativa, ou seja, é uma doença que causa danificações nos neurônios de forma irreversível. Existem algumas características que são relativas a DA, tais como: falhas na memória, cognição, habilidades motoras e linguagem. É válido enfatizar que estas falhas tendem a piorar e se agravar com o passar dos anos. Diante desse contexto surge a necessidade de se desenvolver intervenções ou práticas terapêuticas que sejam eficientes para estacionar essa doença e/ou contribuir para qualidade dos tratamentos. Portanto, essa pesquisa enxerga especificamente a Musicoterapia como uma alternativa de prática terapêutica em potencial para contribuir no desaceleramento da Doença de Alzheimer, pois a música possui a capacidade de ativar circuitos neuronais que se relacionam com funções cognitivas, motoras e socioafetivas (Silva, 2017). A fim de buscar uma melhor compreensão acerca do contexto exposto, esta pesquisa teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sob a ótica da Computação Afetiva para investigar em como a musicoterapia está sendo implementada nos tratamentos de idosos com DA e quais são os principais benefícios,  contribuições e impactos ocasionados pela adesão desta prática terapêutica. Os resultados obtidos através da análise de seis artigos apresentam evidências de que a musicoterapia utilizada no tratamento da doença de Alzheimer contribui para a redução da ansiedade, agitação, comportamentos agressivos, emoções negativas, frustrações e melhoras significativas no humor, funções cognitivas, memória de curto prazo e nas atividades diárias dos portadores de DA. Além disso, também ficou nítido que a tecnologia é uma grande aliada para os tratamentos e intervenções que visam implementar a musicoterapia no contexto de DA, isto fica nítido nos exergames e nos ambientes de realidade virtual que são apresentados nos trabalhos, estes games  possuem como objetivo estimular os idosos para realizar atividades físicas. Dentre as observações realizadas pelos autores dos seis artigos analisados, destacam-se três, são elas: i) O procedimento de implementação da musicoterapia deve ser conduzido por um profissional apto e qualificado; ii) A musicoterapia personalizada para realidade de cada indivíduo possui melhores resultados e, por fim, iii) a necessidade de se investir em pesquisas que englobam musicoterapia, DA e as mais diversas tecnologias. Outro ponto observado no decorrer das análises é que mesmo diante dos benefícios ocasionados pela musicoterapia como alternativa de tratamento eficiente para os idosos portadores de DA, ainda existe uma certa resistência e burocracia por parte dos órgãos responsáveis pela implementação dessa prática terapêutica, mesmo sendo uma alternativa de tratamento de baixo custo e totalmente benéfica. Por fim, é importante mencionar que a revisão sistemática apresentada brevemente neste resumo é fruto de estudos que são realizados num grupo de pesquisa do campo da Computação Afetiva. Ressalta-se que dedicar um momento para leitura e busca de trabalhos já executados é de grande relevância para construção do conhecimento envolto ao contexto pesquisado e para ampliar as perspectivas de projetos futuros, onde lacunas, oportunidades e insights podem ser identificados.

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Seção
Engenharia da Computação e Sistemas