Soluções inclusivas para Áreas de Convivência Universitárias: Mapa Tátil

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HENRIQUE DURVAL SILVA

Resumo

A autonomia da pessoa com deficiência visual pode ser vista como ferramenta fundamental à inclusão social. Segundo Cunha (2019), essa autonomia está diretamente relacionada à maneira como ocorre a interação desses indivíduos com os aspectos físicos e informacionais do ambiente. Neste sentido, o wayfinding se mostra como uma ferramenta de auxílio ao deslocamento de pessoas com deficiência visual. Segundo Mollerup (2013), existem vários meios onde o ambiente pode ser comunicar de forma eficiente com os indivíduos, mas defende que a sinalização ainda é o mais importante auxílio à comunicação em ambientes abertos ou construídos. A sinalização é uma das muitas ferramentas da comunicação ambiental. E com foco na pessoa com deficiência visual, essa pesquisa se propõe a esmiuçar as técnicas para elaboração de um determinado tipo de sinalização, o mapa tátil, culminando com o projeto e produção de um mapa tátil. Nesse contexto, o objetivo geral da pesquisa é a produção de mapas táteis, para utilização como ferramenta auxiliar no processo wayfinding da pessoa com deficiência – PcD visual em uma instituição de ensino. De modo geral, a pesquisa visa contribuir para a adaptação dos elementos informacionais de uma instituição de ensino superior (especificamente a POLI/UPE), de maneira multidisciplinar (arquitetura, design, engenharia civil e engenharia de segurança do trabalho). Vale salientar que o presente projeto é vinculado ao projeto de pesquisa “Proposta de acessibilidade informacional a partir dos aspectos físicos, perceptivos e cognitivos, visando a inclusão da PcD à comunidade acadêmica”, que envolve pesquisadores de instituições acadêmicas, a Universidade de Pernambuco – UPE e Universidade Federal de Pernambuco – UFPE e da iniciativa privada, a Futurense Tecnologia de Serviços Ltda, financiado pelo CNPq. Tem a finalidade de desenvolvimento e entrega de produtos ou serviços tecnológicos voltados ao atendimento das necessidades de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. Primeiramente, foi realizado um levantamento de normas, leis federais, estaduais e municipais, dados técnicos e normas técnicas Na segunda, estão sendo estudadas sistematicamente as características das Tecnologias Assistivas (TA) destinadas a orientar, identificar as barreiras e guiar usuários com deficiência visual em rotas desejadas e , em seguida, será realizada uma revisão sistemática seguindo as orientações do Itens de Relatório Preferidos para Revisões Sistemáticas e Meta-Análises (PRISMA) (LIBERATI et al., 2009), acerca do uso de mapas táteis como ferramenta para orientação espacial. Em paralelo foi estudado o diagnóstico da acessibilidade da POLI/UPE realizado anteriormente pela equipe do projeto macro, com foco nas particularidades das pessoas com deficiência visual. Posteriormente, serão estudados e testados: layouts, tamanhos de letra, espaçamentos entre textos, dimensões do mapa, cores, texturas, alto relevos, materiais, textos em Braille, suportes (totens ou placas verticais), dentre outras características para legibilidade de um mapa tátil, havendo o amadurecimento da proposta do projeto macro. Subsequentemente, o mapa tátil será confeccionado e validado, por meio de testes com os usuários, fazendo uso da mesma metodologia utilizada no projeto macro. Como resultados, espera-se que ocorra a inclusão da PcD à comunidade acadêmica, contribuindo na promoção da transformação cultural e comportamental da comunidade acadêmica, em relação à independência e inclusão do PcD, bem como possibilitar o deslocamento e orientação espacial da PcD visual no campus.

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Seção
Engenharia Civil