Terapias na urolitíase

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Sofia Oliveira de Souza
Rita Cassia-Moura

Resumo

Introdução: A urolitíase consiste na formação de cálculos ou cristais sólidos nos rins e anexos do sistema urinário. A conduta para tratamento pode ser expectante, entretanto, em casos onde há quadro clínico como cólica renal de início súbito, náuseas, vômitos e hematúria macroscópica, pode ser necessária uma intervenção. Dentre as condutas podemos citar a terapia de dissolução oral (TDO); as minimamente invasivas como a litotripsia extracorporea por ondas de choque (LECO), laser litotripsia, cirurgia renal percutânea (PERCS), ureteroscopia (URC); além de procedimentos mais invasivos como nefrolitotomia aberta. A Taxa Livre de Cálculos (do inglês, Stone-Free Rate, SFR) compara a quantidade e tamanho dos cálculos antes e depois da terapia, necessidade de terapia coadjuvante e ocorrência de complicações. Objetivo: Comparar terapias para a urolitíase a partir da SFR. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, bibliográfico, tipo revisão integrativa na biblioteca virtual PUBMED, sem limitação de ano de publicação. Resultados: Nenhuma das terapias para a urolitíase é isenta de falhas ou complicações. Laser litotripsia tem sido usada para tratamento de pacientes com cálculo entre 8 e 18 mm. Elbaset et al. (2020), ao compararem o uso de TDO e LECO em cálculos renais médios, entre 1 e 2,5 cm e <500 unidades de Hounsfield, encontraram melhores resultados no grupo de terapia combinada do que no tratamento de abordagem individual (72% e 48%, respectivamente). Kartal et al. (2020) ao analisarem o tratamento de cálculos únicos de 1,1 a 2 cm, localizados no ureter proximal, encontraram melhores resultados no uso da ureteroscopia flexível, além de menor necessidade de terapias coadjuvantes e menor ocorrência de complicações. Em crianças, Farouk et al. (2018) compararam o uso de LECO e de PERCS como terapia para cálculos renais médios, entre 1 e 2 cm, e encontraram menor necessidade de retratamento ao utilizarem a PERCS, apesar de haver uma maior exposição a radiação e requerer um maior período de hospitalização dos pacientes. Conclusão: O melhor método de tratamento é definido ao serem analisadas as particularidades de cada paciente, sendo considerada a interação cálculo, anatomia e o indivíduo.
Palavras-chave: Litotripsia Extracorpórea por Onda de Choque; Laser Litotripsia; Litotriptor Extracorpóreo; Ureteroscópio.
Referências
ELBASET, M.A.; HASHEM, A.; ERAKY, A.; BADAWY, M.A.; EL-ASSMY, A.; SHEIR, K.Z., et al. Optimal non-invasive treatment of 1–2.5 cm radiolucent renal stones: oral dissolution therapy, shock wave lithotripsy or combined treatment — a randomized controlled trial. World Journal of Urology, v.38, n.1, 2020.
FAROUK, A.; TAWFICK, A.;  SHOEB, M.; MAHMOUD, M.A.; MOSTAFA, D.E.; HASAN, M., et al. Is mini-percutaneous nephrolithotomy a safe alternative to extracorporeal shockwave lithotripsy in pediatric age group in borderline stones? a randomized prospective study. World Journal of Urology, v.37, n.7, 2018.
KARTAL, I.; YALÇINKAYA, F.; BAYLAN, B.; CAKICI, M.C.; SARI, S.; SELMI, V., et al. Comparison of semirigid ureteroscopy, flexible ureteroscopy, and shock wave lithotripsy for initial treatment of 11-20 mm proximal ureteral stones. Archivio Italiano di Urologia e Andrologia, v.92, n.1,  2020.

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Seção
Engenharia da Computação e Sistemas