INTEGRAÇÃO DO ENSINO, EXTENSÃO E PESQUISA PARA A PROMOÇÃO DE VALORES E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO COM FOCO NA MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOB@DESS

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Maria Karoline Pedrosa Andrade
Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani
Marcia Rejane Oliveira B. C. Macedo

Resumo

A capital pernambucana tem enfrentado de forma mais grosseira nesses últimos anos, um conjunto de problemas relacionados a infraestrutura e mobilidade, como, embora existam diversos projetos para “reorganizar”, temos a clássica compreensão de que nem tudo que é desenhado vira obra. Segundo Carvalho (2020), estudos sobre mobilidade podem ser realizados em cidades, ou em porções menores delas, como por exemplo campus universitário. Essas áreas funcionam como Pólos Geradores de Viagens (PGV), e são responsáveis por um grande contingente de deslocamentos, visto que há uma grande diversidade de serviços ofertados à comunidade. A dinâmica de funcionamento das faculdades e universidades podem aproximá-las de pequenos centros urbanos, capazes de impactar negativamente o meio ambiente, especialmente na mobilidade urbana (BATALHA, 2019; CONTURSI, 2018). Dessa forma, é válido analisá-los e entender os possíveis aspectos sob a ótica do ensino, pesquisa e extensão, que impedem a alta adesão aos modos ativos nessas áreas e promover ações para a conscientização do importante papel desses modos no desenvolvimento seguro e sustentável e utilização dos mesmos. Cabe ressaltar, que, além de indispensável para o deslocamento das pessoas, a mobilidade urbana vivencia impactos inesperados causados pela pandemia do novo Coronavírus, com determinações de distanciamento social e medidas para isolamento, que embora tendo reduzido o fluxo de veículos, aumentou consideravelmente os problemas de mobilidade pela redução no funcionamento do transporte público nas grandes cidades. A crise também afetou os sistemas educacionais em todo o mundo, levando ao fechamento generalizado de escolas, universidades e faculdades. Professores estão sendo desafiados a remanejar seus métodos de ensino, e alunos se adaptam às plataformas de aulas remotas (CRUB, 2020). Nesse contexto, minimizar a necessidade de deslocamentos terá o seu papel no gerenciamento do aumento da mobilidade urbana, envolvendo tecnologias da informação como instrumento para conectar cidades e pessoas. Esse cenário se encaixa na definição de cidades inteligentes, onde as cidades são pensadas para o cidadão com a gestão dos serviços no espaço urbano de forma integrada, conectada. Contudo, como sair de um modelo tradicional para o modelo inteligente? Como fazer com que o cidadão saiba que o governo sabe que ele existe? A qualidade da mobilidade urbana depende necessariamente de bom planejamento de transporte e trânsito para oferecer o maior número possível de alternativas de escolha para os cidadãos, incluindo todos os segmentos de pessoas, devidamente institucionalizadas através de políticas públicas compatíveis. Entretanto, é crucial que ocorra uma mudança de paradigma em relação ao uso do automóvel. A mudança de paradigma depende fundamentalmente de mudanças no comportamento e hábitos. Essa mudança pode vir das mídias e redes sociais, que quando bem planejadas podem ser um ponto de encontro digital onde as pessoas, os governos, prestadores de serviços, organizações não governamentais e outros atores da mobilidade urbana, compartilhem informações sobre produtos e serviços, sobre o uso de alternativas não motorizadas (a pé e bicicleta), sobre novas formas de utilização do automóvel (carsharing) e das condições gerais do trânsito. A internet há algum tempo se incorporou às nossas vidas de modo tão definitivo, que hoje muitos de nós não saberíamos mais viver sem ela. A democratização do acesso ao conhecimento e à produção cultural e intelectual segue criando novas formas de relacionamentos, e a facilidade e velocidade de se produzir e consumir informação nesse espaço, alavancou o conceito da instantaneidade. A proposta desta pesquisa é aproveitar as mídias sociais para fazer a diferença, criando o Espaço DESS, visando a mudança de hábitos com as informações necessárias, somadas a algum efeito social catalisador que motive a mudança, por exemplo, possibilidade de um melhor uso do tempo perdido em congestionamentos, para lazer, estar com a família, cuidar da saúde, até aspectos ecológicos como redução da poluição com a diminuição de automóveis nas vias.  As funcionalidades desses mecanismos visam integrar ações em vários setores como planejamento urbano, habitação social, energia, mobilidade urbana, serviços médicos, escolas e universidades, entre outros. Buscando amenizar os impactos negativos causados ao meio ambiente, especialmente na mobilidade urbana, pela dinâmica de funcionamento das universidades UPE (Campus Benfica) e Unicap, que juntas formam um Polo Gerador de Viagens, o grupo de ensino, extensão e pesquisa da UPE, Desenvolvimento Seguro e Sustentável (DESS) tem desenvolvido ações nas três dimensões universitárias dentro e fora da POLI, para garantir uma educação que integre a sustentabilidade na solução dos problemas locais. As etapas metodológicas serão desenvolvidas através do estudo e compilação do material bibliográfico pertinente; análise e diagnóstico do estágio atual das ações de mobilidade urbana sustentável, elaboração de guias e procedimentos para melhor registrar e analisar as ações de mobilidade urbana sustentável realizadas na Instituição; além da elaboração/aprimoramento de instrumentos (para coleta e análise de dados), procedimentos, documentos e materiais para comunicação e divulgação das ações realizadas. Tais resultados serão obtidos através de etapas definidas no Plano de Trabalho deste projeto. Serão realizadas a apresentação de resultados e sua comunicação por atividades ao público em  geral e específico -  apresentado no tópico transferências.
 
 

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Seção
Engenharia Civil
Biografia do Autor

Maria Karoline Pedrosa Andrade, Universidade de Pernambuco/Escola Politécnica

Maria Karoline Pedrosa de Andrade, Bacharelanda em engenharia civil (2019), EscolaPolitécnica da Universidade de Pernambuco (UPE), pesquisadora acadêmica do grupo depesquisa Desenvolvimento Seguro e Sustentável (DESS).

Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani, Universidade de Pernambuco/Escola Politécnica

Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani, Ph.D. (Engenheira Civil e Ambiental), ProfessoraAssociada e Livre Docente da Escola politécnica da Universidade de Pernambuco (UPE),Doutorado em Engenharia Civil, Universidade de Pittsburgh (2000).

Marcia Rejane Oliveira B. C. Macedo, Universidade de Pernambuco/Escola Politécnica

Márcia Rejane Oliveira Barros Carvalho Macedo D.Sc., Profa Adjunta da Escola Politécnica daUniversidade de Pernambuco (UPE). Doutora em Engenharia Civil área de Transportes eGestão das Infraestruturas Urbanas, Universidade Federal de Pernambuco (2020).