Investimento em energia solar residencial como agregador econômico e ambiental Estudo de caso para a Cidade do Recife – PE

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Artur Correia Silva
Francisco Araujo

Resumo

INTRODUÇÃO: Com o aumento a cada ano do desenvolvimento de semicondutores e consequentemente do aumento das células fotovoltaicas, é observado grande crescimento nas tecnologias de sistemas solares, sendo refletida em redução de valores dos equipamentos fotovoltaicos, como os inversores e módulos principalmente. No Brasil, desde 2012 quando a ANEEL instituiu a Resolução normativa nº 482/2012, desde lá foi possível gerar sua própria energia elétrica vinda de fontes renováveis e também fornecer o excedente para a rede de distribuição. Posteriormente com a Resolução Normativa nº 687/2015, foram acrescentados alguns benefícios aos microgeradores, como a possibilidade de geração distribuída conjunta, isto é, a energia gerada pode ser repartida entre várias residências de acordo com interesse, desde que elas façam parte da mesma área de concessão. Para cidade do Recife e similar em todo o Nordeste, é abundante a incidência solar e o Recife por sua vez, é a quarta melhor capital brasileira no ranking de irradiação anual, de acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar 2º Edição. Mesmo assim Pernambuco ocupa a 12º posição no ranking estadual de geração distribuída. OBJETIVO: mostrar a viabilidade do investimento em energia solar fotovoltaica residencial como um recurso alternativo para preservação do meio ambiente, assim como uma boa opção de investimento a longo prazo evitando gastos crescentes com energia elétrica das distribuidoras estatais ao longo dos anos. METODOLOGIA: Para este caso, será necessário atribuir alguns parâmetros que irá compor a viabilidade: o custo da Energia, a cobrança tarifária da Cidade e o custo do Sistema fotovoltaico instalado. Essas considerações serão feitas no cenário mais comum dos sistemas solares fotovoltaicos residências: a compra do kit mais a integração, com uma empresa integradora de forma financiada a taxa de juros fixa ao mês (que será considerada de 1,10% ao mês).  Será desconsiderada inflações futuras e aumentos no valor da tarifa mínima da distribuidora. De início será preciso definir se o sistema será projetado para suprir um consumo parcial, pleno ou terá excedente de geração. Para esse exemplo prático, será usado um sistema pleno que atende um consumo médio residencial de 600kwh/mês. O custo da energia da distribuidora (no caso da Cidade do Recife é a Celpe – Neoenergia) será usado o melhor cenário a longo prazo, com um valor fixo da tarifa mínima monofásica de R$30, onde não será aplicado aumento na tarifa mínima, que terá valor de 1R$/kwh e desprezada as bandeiras tarifárias (que elevam o valor da tarifa). Logo, será utilizado valores conservadores e regulares em um espaço amostral de 25 anos (sendo esse o prazo médio da vida útil de um sistema solar). RESULTADOS OBTIDOS: Com esses parâmetros, usando a energia apenas da distribuidora, com uma conta de R$600 durante 25 anos, será gasto um valor de  R$180.000 mil reais, enquanto ao fazer um investimento em energia solar, durante 25 anos, sendo os 5 primeiros anos pagando o financiamento e tarifa mínima e os 20 anos restantes apenas pagando tarifa mínima, será gasto um valor de R$36.500 mil reais. Logo uma economia com solar de R$143.000 mil reais. Uma economia significativa para o usuário comum de energia, onde essa economia se torna mais acentuada com a maior demanda de consumo, pois tem o retorno do valor investido mais rápido, devido ao menor custo do kit. Vale salientar que parar esses valores foram desconsiderados valores de aumentos tarifários e inflação anual, que são os principais responsáveis pelo ganho no Payback do Usuário de energia solar, pois terá um retorno mais rápido do pagamento do sistema solar (reduzindo os 5 anos que foram considerados) e aumentando o tempo de tarifa mínima (que foi considerada em 20 anos), ou seja, um prazo maior, pagando um custo menor acarretará em uma maior economia financeira. Em consequência do aumento do uso de energia solar, além de reduzir as cargas que sobrecarregam as subestações que consequentemente serão necessários ao longo dos anos, as usinas solares fotovoltaicas em grande escala, criam uma diminuição da demanda de energia local para microgeração e minigeração, fazendo com que seja reduzida a necessidade de acionamento de termoelétricas, na qual se agrava ainda mais a situação ambiental. CONCLUSÃO: É notável a crescente necessidade de energia no mundo moderno e quanto o ser humano ficará mais dependente ao longo dos anos. Com essa necessidade desenfreada, criar alternativas de produção própria de energia com uma fonte renovável, se torna extremamente importante para o meio ambiente. Acompanhando esse ritmo, é notável o avanço em novas tecnologias de geração em energia solar fotovoltaica e o quanto vem se mostrando economicamente viável. O clima da Capital Pernambucana é extremamente favorável ao crescimento dessa tecnologia, assim como em todo o Brasil temos uma excelente incidência solar, muito melhor que em outros países que lideram a utilização dessa tecnologia (como China, Japão e Alemanha). Dessa forma, além da viabilidade do investimento, como foi mostrado neste Artigo, que é um grande fator de busca por essa tecnologia, é preciso pensar também no ganho ambiental que as grandes Cidades possam ter com a ampliação da matriz energética solar, no intuito de minimizar investimento em ampliação energética mais poluentes ou agressiva ao ecossistema presente, e ter menores gastos ambientais de preservação para esse fim.

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Seção
Engenharia Elétrica (Eletrônica/Eletrotécnica/Telecomunicações)