Flexibilidade de argamassa modificada com polímeros para fixação da alvenaria de vedação à estrutura de concreto: revisão sistemática da literatura

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Paula Gabriele Vieira Pedrosa
Alberto Casado Lordsleem Jr.

Resumo

O desenvolvimento de novos compósitos com maior resistência e durabilidade quando comparados aos convencionais é um dos principais requisitos no aprimoramento de materiais utilizados na construção civil. A utilização de polímeros nas argamassas apresenta potencial de melhoria das propriedades. Segundo Maranhão (2010) e Martínez-López et al. (2020) a utilização de polímeros nas argamassas apresentam potencial de melhoria das propriedades mecânicas, da trabalhabilidade, da retenção de água e da flexibilidade. No contexto do processo construtivo brasileiro, cabe destacar a importância da flexibilidade das argamassas no encontro da alvenaria de vedação à estrutura de concreto, etapa da execução denominada de fixação. De acordo com Brachaczek (2018), a flexibilidade está diretamente associada à capacidade da alvenaria em acomodar as tensões no encontro com a estrutura, evitando o aparecimento de fissuras. Em vista disso, o objetivo deste trabalho de revisão é mapear as contribuições de pesquisas acerca das argamassas modificadas com polímeros em que foram realizados ensaios de flexibilidade. A metodologia do trabalho contemplou uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) e o método PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), ja a sistematização dos dados realizada pelo software StArt. Considerou-se o período de 2011 a 2021 e levantado os polímeros e teores utilizados, a norma do ensaio de flexibilidade realizado e os resultados obtidos. A partir de palavras-chave inseridas nas bases de dados Science Direct, Scopus e Engineering Village realizou-se o processo de seleção e aplicação dos critérios de elegibilidade nos 796 artigos identificados, foi possível restringir o estudo em 8 artigos nesta revisão sistemática (JUMATE et al., 2017; DU, 2017; Mohammed; Mahmood; Ghafor, 2019; Weng; Lin; Li, 2017; Urgessa; Choi; Yeon, 2018; Martínez-López et al., 2020; Brachaczek, 2018; Zhang; LI; Song, 2019). Os resultados da análise dos estudos encontrados permitiram verificar que foram utilizados os polímeros polipropileno, polietileno, poliacrilato de sódio, polímero em pó redispersível, policarboxilato DBC-21 e VK-98, látex estireno-acrílico, copolímero de acetato de vinila, acetato de vinila, acetato de vinil, polímero acrílico, borracha de acrilonitrila-butadieno, etileno acetato de vinil e carboxil acetato de polivinil-vinilo, com teores variando de 0,5% a 15% em relação ao peso da argamassa utilizada. Mohammed; Mahmood; Ghafor (2019) afirma que com a adição de 0,16% dos polímeros policarboxilato DBC-21 e VK-98 a resistência à flexão da argamassa de cimento aumentou de 1,6 para 8 MPa com base no tipo de polímero, a / c, e tempo de cura. DU (2017) relata dentre os tores propostos destacou que o 2,0% que resultou no aumentou da resistência à flexão aos 28 dias para 8,21 MPa (melhoria de 5,0%). Ele acrescenta que adição de mais pó de polímero redispersível resultou no aumento na taxa de flexibilidade. Brachaczek (2018) analisando os resultados obtidos constatou que com o aumento do teor de polímeros na formulação, tanto a resistência à compressão e resistência à flexão aumentaram. O aumento no conteúdo de polímero impacta em um grau mais alto o aumento da resistência à flexão de aproximadamente 60% do que a resistência à compressão aproximadamente 10%. Concluiu-se que em 87,5% dos trabalhos destacaram melhorias na flexibilidade em argamassas com adições de polímeros. Como contribuição destaca-se que os trabalhos desenvolvidos demonstram que a adição de polímeros nas argamassas são eficientes para se obter maior flexibilidade.

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Seção
Engenharia Civil