Fluxo Monetário Trabalhador-Empregador Um modelo para Saúde Econômica

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Giuliano Porciúncula Guedes
André Luis da Mota Vilela

Resumo

Nos primórdios da civilização, as transações eram realizadas através do escambo. À medida que as civilizações se tornaram mais organizadas, houve o surgimento do que é conhecido atualmente como dinheiro. Dinheiro, ou moeda de troca, está presente na vida de todos aqueles que vivem em sociedades econômicas. Indivíduos prestam serviços ou vendem bens em troca de dinheiro, que em contra partida serve para adquirir-se bens ou serviços de outras pessoas. O dinheiro permite a profissionalização e especialização de indivíduos em uma sociedade, haja vista que se pode pagar pelas necessidades básicas e atividades de recreação que de outra forma seriam impossíveis de se produzir ou obter simultaneamente ao trabalho especializado. O fluxo constante de dinheiro dentro de uma civilização permite a centralização da produção e distribuição de bens e serviços, assim como a facilitação ao acesso a esses bens e serviços. Aqueles responsáveis pela logística e pela coordenação são chamados de Empregadores, e aqueles responsáveis por executar o papel designado são chamados de Trabalhadores. Em uma sociedade com uma economia saudável, é esperado um alto fluxo monetário. Porém incertezas políticas, sociais, econômicas, sanitárias, causam medo na população que em reação diminuem seus gastos. Redução de fluxo monetário dentro de uma sociedade reduz a capacidade de Empregadores manterem seus Trabalhadores e, portanto, acabam fechando as portas. As grandes crises mundiais aconteceram e vão acontecer devido à um alto medo da população, gerando uma grande redução do fluxo monetário, colapsando os Empregadores. É de suma importância o estudo da relação entre a percepção de uma população sobre a situação da sociedade e a influência desse medo sobre a saúde financeira da própria sociedade. Econofísica é uma área de pesquisa interdisciplinar qual almeja a aplicação de métodos físicos e estatísticos para o estudo de sistemas econômicos. Neste trabalho foi utilizado redes complexas popularizadas por Barabási para a modelagem de redes de interações entre Empregadores e Trabalhadores. Foi então modelado a dinâmica de interações entre os agentes do sistema em função de parâmetros como número de agentes e moedas no sistema, razões de Trabalhadores/Empregador e Salário/(Total de moedas), e o medo percebido pela população, denominado temperatura. O sistema então é simulado para várias iterações e, através de métodos estatísticos, são calculadas índices para observação da situação da economia para os dados parâmetros como a média temporal do fluxo de dinheiro e a respectiva variância. Foi observado a presença de transições de fase no modelo proposto, mostrando a existência de uma temperatura crítica no qual o sistema passa de um estado de relativa saúde econômica para uma crise econômica. Os resultados deste trabalho são importantes para a compreensão e a possível prevenção de problemas socio-econômicos graves.

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Seção
Física de Materiais