Motirõ : Um aplicativo de apoio a testes de rastreio do espectro autista
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Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do sistema nervoso que afeta o cérebro e resulta em dificuldades na fala, na interação social e em déficits de comunicação, assim como em comportamentos repetitivos e atrasos nas habilidades motoras, entre outras características. Essa condição pode ser identificada com auxílio de protocolos voltados para pacientes a partir dos três anos de idade (Chiarotti e Venerosi, 2020). Atualmente, o diagnóstico do TEA é clínico e realizado por equipes compostas por psiquiatras, psicólogos clínicos e neuropsicólogos que, através de observações e aplicações de questionários, realizam o diagnóstico (Kulage et al., 2014; Volkmar e Reichow, 2013; Kulage et al., 2020). Os questionários, também conhecidos como testes de rastreio, geralmente, são a primeira etapa na jornada do paciente até o diagnóstico final. A escolha do teste mais adequado varia de caso a caso, a depender das características do indivíduo com TEA como também das preferências do especialista avaliador (Oliveira, 2009). Atualmente, existe um incontável número de testes disponíveis, com metodologias distintas e muitas vezes, restrições a certos idiomas. Sendo assim, no ambiente escolar, muitos profissionais que identificam nos alunos traços característicos do TEA sentem dificuldades em compreender e avaliar a situação, assim como orientar os responsáveis sobre os próximos passos na jornada do diagnóstico (Heinsfeld et al., 2018; Khodatars et al., 2021). O Motirõ surge como uma proposta de aplicativo desenvolvida para apoiar o profissional de educação em seu primeiro contato com testes de rastreio do autismo. Psicólogos, psicopedagogos e professores no ambiente escolar, terão neste protótipo uma ferramenta simples e ágil no acesso às informações, unindo em um só lugar os principais testes de rastreio para TEA aplicados no mundo. Baseado nos dados informados de cada paciente, o App sugere uma lista dos testes mais indicados, trazendo ainda informações sobre a aplicação, métodos de preenchimento e interpretação dos resultados. Destaca-se ainda a possibilidade de criação de perfis individuais, que permitem ao usuário acessar e registrar o histórico de cada paciente. Para essa primeira etapa, um mapa mental foi construído, permitindo a visualização das telas do aplicativo e como seria a interação do usuário com o sistema. Em seguida, foram feitos os diagramas de caso de uso e o fluxograma do funcionamento. Utilizando o FIgma, telas de alta fidelidade foram desenvolvidas para demonstrar tanto o design quanto o comportamento e transição das telas do aplicativo. A proposta é tornar o Motirõ disponível para download nas lojas de aplicativo no formato Freemium, de modo que o público geral (free) possa criar perfis e ver o teste de rastreio mais indicado, no entanto, a aplicação do teste será restrita aos assinantes (premium), que devem ser profissionais de saúde ou de educação. Esse modelo de negócio permite um maior controle sobre quem aplica o rastreio, evitando o auto diagnóstico, ao mesmo tempo que para os profissionais envolvidos desperta a curiosidade e estimula a adesão do serviço completo. Como um grupo de pesquisa acadêmica, esperamos construir uma relação com os usuários, de forma a promover melhorias contínuas no aplicativo, ouvindo os feedbacks dos profissionais que utilizam o Motirõ em seu cotidiano. Além disso, planejamos desenvolver um teste de rastreio próprio, nos baseando nos resultados obtidos e em futuras parcerias.
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Edição
Seção
Engenharia da Computação e Sistemas