Proposta de um Metamodelo de Ecossistemas de Serviços Colaborativos para Pequenas e Médias Empresas em Arranjos Produtivos Locais (APLS)
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Resumo
Proposta de um Metamodelo de Ecossistemas de Serviços Colaborativos para Pequenas e Médias Empresas em Arranjos Produtivos Locais (APLS)
José Antonio Almeida Silva, Universidade de Pernambuco (jaas@ecomp.poli.br).
Wylliams Barbosa Santos, Universidade de Pernambuco (wbs@upe.br).
Estar conectado é um pressuposto real no mundo globalizado e as indústrias necessitam desenvolver estratégias de colaboração. Pesquisadores acadêmicos têm observado e discutido a evolução dos ecossistemas (ECO) de empresas através de ferramentas tecnológicas, seja por meio de abordagens teóricas ou na prática, no sentido de acentuar a interação e conexão entre elas, no entanto, apesar dos benefícios da colaboração, a formatação dos ECO traz consigo grandes desafios. De acordo com Pinheiro et al.(2021), é necessário entender a forma de colaboração, suas características, quais os benefícios e desafios no de cada papel no contexto de um ecossistema o que acaba dando origem a vários novos tipos de ECO cuja suas denominações se dão de acordo com suas principais características como, por exemplo, os ecossistemas de negócios, segundo Moore (1993), eles se caracterizam como uma comunidade onde o ator principal de uma organização de negócio está apoiada em uma base outras organizações que interagem. Quando o objetivo é promover a inovação por meio da pesquisa e desenvolvimento para produzir novos recursos ou valores, dar-se o nome de ecossistema de inovação (AUTIO e THOMAS, 2014). O desenvolvimento de sistemas como produtos de software evoluem para projetos com múltiplas funcionalidades, com arquitetura comum e integração com outros sistemas por meio de redes de atores e artefatos (MANIKAS, 2012) e este processo se dá tanto na oferta de novos produtos como a prestação de serviços. Para Bosch (2009), essa situação acaba por exigir profissionais de ES capacitados para extrair detalhes importantes e abstrair as complexidades, pois um sistema engloba a tríade de atores pessoas (peoplewere), software e hardware em uma única plataforma sob a perspectiva da engenharia de software e isso impacta, segundo Santos (2012) em contextos de arquitetura, projetos, plataformas comuns ou relacionadas. Campbell e Werner (2012) afirmam que também se percebe um fenômeno nos chamados Ecossistemas de Software (ECOS) entre o nascimento, desenvolvimento, e até morte ou transformações que impactam na visão tradicional da ES. Surge assim uma visão voltada para a colaboração e a interação entre os atores. Na década de 2000 os ECOS já chamavam atenção por parte de pesquisas nas áreas engenharia de software Messrschmitt e Szyperski (2003). Algumas das maiores organizações de desenvolvimento de software como Apple, Amazon, Microsoft, Nokia e Google e estão liderando o desenvolvimento desse tipo de ecossistemas, o que vem contribuindo para que o tema alcance alto de pesquisa por conta da movimentação real da indústria de produtos e serviços relacionados (LIMA et al, 2013). Os ECOS são compostos por diversos atores que fazem parte de um sistema/plataforma tecnológica para a ofertarem soluções de produtos ou serviços de software (MAKINAS E HANSEN,2013) e cada um desses atores ali estão por conta de seus interesses próprios, se aproveitam das oportunidades e demandas dos outros atores do ecossistema. Ao procurar na literatura cientifica já se pode visualizar uma boa variedade de ECOS, especialmente dirigidos à oferta de produtos, porém bem menos relatos sobre ECOSC. Diante desse contexto, essa pesquisa apresenta uma investigação sobre a estrutura e funcionamento de um ecossistema de serviços colaborativos, como a engenharia de software (ES) pode ser empregada na criação de modelos de voltados para a conexão e colaboração de pequenas e médias empresas em um arranjo produtivo local (APL). A importância desta pesquisa se deu pela identificação de um gap na literatura de estudos que referenciem modelos desse tipo de ecossistema. O objetivo final desta pesquisa é apresentar a proposta de um Metamodelo de Ecossistema de Serviço Colaborativo (ECOSC). Para o alcance dos objetivos, será utilizado o método Design Science Research (DSR) composto por um Mapeamento Sistemático da Literatura que dará origem ao metamodelo, onde serão realizados estudos de caso em ecossistemas que possuam características de ECOSC. Como segundo item de validação, a possibilidade de aplicação do modelo aqui produzido em uma pesquisa-ação onde será avaliado o desenvolvimento do Hub-Confecções, um framework colaborativo para o APL com características de um ECOSC. Como resultados espera-se QUE o metamodelo apresentado por este trabalho possa ser um instrumento a possibilite a criação de um modelo padrão para ecossistemas de serviços colaborativos trazendo contribuições para indústria oferecendo melhores alternativas de conexão e colaboração para desenvolvimento da região, bem como para a evolução da pesquisa acadêmica no que diz respeito ao comportamento e aplicabilidade de técnicas de ES.
Palavras-chave: Ecossistemas de Serviços; Colaboração; Arranjos Produtivos Locais; Tecnologia.
Referências
AUTIO, E.; THOMAS, L. Innovation ecosystems. [S.l.]: The Oxford handbook ofinnovation management, 2014.
BOSCH, J. From software product lines to software ecosystem. In: . [S.l.: s.n.], 2009. p.111–119.
CAMPBELL, P. R. J.; AHMED, F. A three-dimensional view of software ecosystems. In: Proceedings of the Fourth European Conference on Software Architecture: Companion Volume.New York, NY, USA: Association for Computing Machinery, 2010. (ECSA ’10), p. 81–84. ISBN 9781450301794. Disponível em: <https://doi.org/10.1145/1842752.1842774>.
LIMA, T. M.; SANTOS, R. P. dos; WERNER, C. M. Apoio à compreensão das redes sócio-técnicas em ecossistemas de software. In: SBC. Anais do II Brazilian Workshop on SocialNetwork Analysis and Mining. [S.l.], 2013. p. 49–54.
MANIKAS, K. Revisiting software ecosystems research: A longitudinal literature study. Journal of Systems and Software, v. 117, p. 84–103, 2016. ISSN 0164-1212. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0164121216000406>.
MANIKAS, K.; HANSEN, K. M. Software ecosystems–a systematic literature review. Journal of Systems and Software, Elsevier, v. 86, n. 5, p. 1294–1306, 2013.
MESSERSCHMITT, D.; SZYPERSKI, C. Software Ecosystem: Understanding na Indispensable Technology and Industry. [S.l.: s.n.], 2003. ISBN 0-262-13432-2.
MOORE, J. F. Predators and prey: a new ecology of competition. Harvard business review, SUBSCRIBER SERVICE, PO BOX 52623, BOULDER, CO 80322-2623, v. 71, n. 3, p. 75–86, 1993.
PINHEIRO, M.; CHUERI, L.; SANTOS, R. P. dos. Investigando colaboração em ecossistemas. In: SBC. Anais do VI Workshop sobre Aspectos Sociais, Humanos e Econômicosde Software. [S.l.], 2021. p. 11-20.
SANTOS, R. P. d.; WERNER, C. M. L. Reuseecos: An approach to support global software development through software ecosystems. In: 2012 IEEE Seventh International Conference on Global Software Engineering Workshops. [S.l.: s.n.], 2012. p. 60–65.
Proposta de um Metamodelo de Ecossistemas de Serviços Colaborativos para Pequenas e Médias Empresas em Arranjos Produtivos Locais (APLS)
José Antonio Almeida Silva, Universidade de Pernambuco (jaas@ecomp.poli.br).
Wylliams Barbosa Santos, Universidade de Pernambuco (wbs@upe.br).
Estar conectado é um pressuposto real no mundo globalizado e as indústrias necessitam desenvolver estratégias de colaboração. Pesquisadores acadêmicos têm observado e discutido a evolução dos ecossistemas (ECO) de empresas através de ferramentas tecnológicas, seja por meio de abordagens teóricas ou na prática, no sentido de acentuar a interação e conexão entre elas, no entanto, apesar dos benefícios da colaboração, a formatação dos ECO traz consigo grandes desafios. De acordo com Pinheiro et al.(2021), é necessário entender a forma de colaboração, suas características, quais os benefícios e desafios no de cada papel no contexto de um ecossistema o que acaba dando origem a vários novos tipos de ECO cuja suas denominações se dão de acordo com suas principais características como, por exemplo, os ecossistemas de negócios, segundo Moore (1993), eles se caracterizam como uma comunidade onde o ator principal de uma organização de negócio está apoiada em uma base outras organizações que interagem. Quando o objetivo é promover a inovação por meio da pesquisa e desenvolvimento para produzir novos recursos ou valores, dar-se o nome de ecossistema de inovação (AUTIO e THOMAS, 2014). O desenvolvimento de sistemas como produtos de software evoluem para projetos com múltiplas funcionalidades, com arquitetura comum e integração com outros sistemas por meio de redes de atores e artefatos (MANIKAS, 2012) e este processo se dá tanto na oferta de novos produtos como a prestação de serviços. Para Bosch (2009), essa situação acaba por exigir profissionais de ES capacitados para extrair detalhes importantes e abstrair as complexidades, pois um sistema engloba a tríade de atores pessoas (peoplewere), software e hardware em uma única plataforma sob a perspectiva da engenharia de software e isso impacta, segundo Santos (2012) em contextos de arquitetura, projetos, plataformas comuns ou relacionadas. Campbell e Werner (2012) afirmam que também se percebe um fenômeno nos chamados Ecossistemas de Software (ECOS) entre o nascimento, desenvolvimento, e até morte ou transformações que impactam na visão tradicional da ES. Surge assim uma visão voltada para a colaboração e a interação entre os atores. Na década de 2000 os ECOS já chamavam atenção por parte de pesquisas nas áreas engenharia de software Messrschmitt e Szyperski (2003). Algumas das maiores organizações de desenvolvimento de software como Apple, Amazon, Microsoft, Nokia e Google e estão liderando o desenvolvimento desse tipo de ecossistemas, o que vem contribuindo para que o tema alcance alto de pesquisa por conta da movimentação real da indústria de produtos e serviços relacionados (LIMA et al, 2013). Os ECOS são compostos por diversos atores que fazem parte de um sistema/plataforma tecnológica para a ofertarem soluções de produtos ou serviços de software (MAKINAS E HANSEN,2013) e cada um desses atores ali estão por conta de seus interesses próprios, se aproveitam das oportunidades e demandas dos outros atores do ecossistema. Ao procurar na literatura cientifica já se pode visualizar uma boa variedade de ECOS, especialmente dirigidos à oferta de produtos, porém bem menos relatos sobre ECOSC. Diante desse contexto, essa pesquisa apresenta uma investigação sobre a estrutura e funcionamento de um ecossistema de serviços colaborativos, como a engenharia de software (ES) pode ser empregada na criação de modelos de voltados para a conexão e colaboração de pequenas e médias empresas em um arranjo produtivo local (APL). A importância desta pesquisa se deu pela identificação de um gap na literatura de estudos que referenciem modelos desse tipo de ecossistema. O objetivo final desta pesquisa é apresentar a proposta de um Metamodelo de Ecossistema de Serviço Colaborativo (ECOSC). Para o alcance dos objetivos, será utilizado o método Design Science Research (DSR) composto por um Mapeamento Sistemático da Literatura que dará origem ao metamodelo, onde serão realizados estudos de caso em ecossistemas que possuam características de ECOSC. Como segundo item de validação, a possibilidade de aplicação do modelo aqui produzido em uma pesquisa-ação onde será avaliado o desenvolvimento do Hub-Confecções, um framework colaborativo para o APL com características de um ECOSC. Como resultados espera-se QUE o metamodelo apresentado por este trabalho possa ser um instrumento a possibilite a criação de um modelo padrão para ecossistemas de serviços colaborativos trazendo contribuições para indústria oferecendo melhores alternativas de conexão e colaboração para desenvolvimento da região, bem como para a evolução da pesquisa acadêmica no que diz respeito ao comportamento e aplicabilidade de técnicas de ES.
Palavras-chave: Ecossistemas de Serviços; Colaboração; Arranjos Produtivos Locais; Tecnologia.
Referências
AUTIO, E.; THOMAS, L. Innovation ecosystems. [S.l.]: The Oxford handbook ofinnovation management, 2014.
BOSCH, J. From software product lines to software ecosystem. In: . [S.l.: s.n.], 2009. p.111–119.
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LIMA, T. M.; SANTOS, R. P. dos; WERNER, C. M. Apoio à compreensão das redes sócio-técnicas em ecossistemas de software. In: SBC. Anais do II Brazilian Workshop on SocialNetwork Analysis and Mining. [S.l.], 2013. p. 49–54.
MANIKAS, K. Revisiting software ecosystems research: A longitudinal literature study. Journal of Systems and Software, v. 117, p. 84–103, 2016. ISSN 0164-1212. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0164121216000406>.
MANIKAS, K.; HANSEN, K. M. Software ecosystems–a systematic literature review. Journal of Systems and Software, Elsevier, v. 86, n. 5, p. 1294–1306, 2013.
MESSERSCHMITT, D.; SZYPERSKI, C. Software Ecosystem: Understanding na Indispensable Technology and Industry. [S.l.: s.n.], 2003. ISBN 0-262-13432-2.
MOORE, J. F. Predators and prey: a new ecology of competition. Harvard business review, SUBSCRIBER SERVICE, PO BOX 52623, BOULDER, CO 80322-2623, v. 71, n. 3, p. 75–86, 1993.
PINHEIRO, M.; CHUERI, L.; SANTOS, R. P. dos. Investigando colaboração em ecossistemas. In: SBC. Anais do VI Workshop sobre Aspectos Sociais, Humanos e Econômicosde Software. [S.l.], 2021. p. 11-20.
SANTOS, R. P. d.; WERNER, C. M. L. Reuseecos: An approach to support global software development through software ecosystems. In: 2012 IEEE Seventh International Conference on Global Software Engineering Workshops. [S.l.: s.n.], 2012. p. 60–65.
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Seção
Engenharia da Computação e Sistemas