Análise da trafegabilidade e acessibilidade após obra de pavimentação e drenagem da Avenida Floresta no bairro do Alto do Sol Nascente - Olinda/PE: estudo de caso

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Maria Eduarda Cavalcanti de Souza Falcão
Ariane da Silva Cardoso
Rodrigo Aguiar dos Santos

Resumo

Segundo o Censo 2010 mais de 95% da população olindense vive em áreas urbanas, estando acima da porcentagem nacional. Hoje, Olinda possui 36,73 km² de área urbanizada, correspondendo a 98% do município, e apenas 6,82 km² de área rural (PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA, 2022). O bairro do Alto do Sol Nascente pertence ao sistema viário urbano de Olinda e está próximo a região que constitui a Mata do Passarinho. A maioria de suas vias apresentam deficiências quanto à pavimentação, acarretando dificuldades de locomoção e acessibilidade de aproximadamente 2200 residentes da área. A baixa qualidade do piso natural e/ou do pavimento já existente piora em períodos chuvosos, resultando em acúmulo de lama, lixo e avanço da vegetação rasteira sobre a pista. Em decorrência disso, a Prefeitura de Olinda em conjunto com Ministério do Desenvolvimento Regional consolidou convênios para a execução de obras viárias visando a pavimentação e drenagem como forma de melhorar a trafegabilidade e acessibilidade no município. O Convênio 1005.103-99, foi firmado em 2013 com o intuito de promover benfeitoria a duas ruas. Contudo, houve recurso remanescente, havendo assim a conversão deste saldo para a obra de requalificação viária da Avenida Floresta, no bairro do Alto do Sol Nascente, no município de Olinda e situa-se na Zona de Consolidação de Ocupação – ZCO, além de integrar a Região Política Administrativa (RPA) 1. Do ponto de vista geomorfológico, a região é predominantemente formada por colinas, tendo vegetação rasteira e bananeiras. A pesquisa tem como objetivo analisar se a obra de pavimentação e drenagem irá proporcionar a melhoria na qualidade de vida dos residentes e verificar se a trafegabilidade e a acessibilidade serão atendidas. Este estudo de caso divide-se em três etapas: a primeira compreende a caracterização da área de estudo, referenciando as características do local, bem como seu posicionamento geográfico, abordando parte de suas necessidades e parte do projeto de pavimentação e drenagem da avenida. A segunda etapa consiste na coleta de informações na rede de computadores, juntamente com conteúdo colhidos in loco, e acompanhamento da obra, assim como informações técnicas junto a Secretaria de Obras de Olinda-PE, como projetos, planilhas e especificações técnicas. Também foram obtidas informações com a Construtora Barros & Araújo Engenharia LTDA, empresa responsável pela execução da obra. Houve colaboração do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, responsável pelo gerenciamento do transporte por ônibus na Região Metropolitana de Recife. Haverá levantamento de dados via formulário virtual, respondido pela população residente da Avenida Floresta e com os que possuem logradouro próximo. Já na terceira etapa, a partir das informações coletadas, será feita a análise e explanação dos resultados obtidos.  Com isso, espera-se fazer um panorama do antes, do durante e da atual situação da Avenida Floresta, demonstrando a importância da realização das obras de pavimentação e drenagem, conforme normas, manuais e projeto aprovado, pois estas, impactam diretamente na qualidade de vida da população, tanto na acessibilidade destes como na trafegabilidade dos veículos. No quesito drenagem, de acordo com o escoamento do volume de água da via, foram projetadas e executadas caixas coletoras e galerias, com diâmetro interno de ø = 0,60m, que recebem esse volume e o transporta para uma rede de captação existente, através de galerias de tubos de concreto armado com diâmetro interno ø = 0,40m, localizados no eixo da via.  Entre as estacas E0+0,00 à E7+0,00 e E13 + 0,00 à E22 + 13,41 as águas pluviais escoarão através da linha d’água para o sistema de drenagem projetado. Conforme solicitado em relatório, a base que está sendo utilizada é em brita graduada, porém a empresa executora constatou a necessidade de se adicionar pó de pedra, em função de preencher melhor os vazios, auxiliando na estabilização da base. Após conclusão desta, será executada a imprimação e o concreto betuminoso usinado à quente (CBUQ). Utilizando a vibroacabadora, ele é espalhado e comprimido a quente com um rolo de pneus e um rolo liso. A mistura é espalhada sobre a base imprimada, de modo a apresentar, quando comprimida, a espessura de projeto de 5 cm. Conforme o DNER (1996) citado por Coelho Júnior e Rocha (2013), o revestimento asfáltico é condicionado a suportar às ações do tráfego que atuam diretamente nele, além de impermeabilizar e melhorar as condições do rolamento, quando relacionado ao conforto e à segurança, permitindo assim a transmissão das ações do tráfego às camadas inferiores. Até o momento os seguintes serviços estão sendo iniciados: conclusão da sub-base e base, execução do pavimento em concreto betuminoso usinado à quente, conclusão dos passeios, rampas de acessibilidade e linha d’água. As obras foram iniciadas no dia 24/05/2021 com previsão inicial de conclusão e liberação da via (Rua Floresta) no final de agosto do mesmo ano, porém não foi possível cumprir o cronograma. Devido à falta de obtenção dos últimos dados necessários, tendo em vista que as obras ficaram paralisadas por cerca de um ano, não se pode inferir por definitivo que as obras atenderam, conforme as normas e opinião popular, seu objetivo. Porém é notório que, mesmo não tendo sido finalizada, estas já impactaram de forma positiva na trafegabilidade da região. Além de apresentar funcionalidade em seu novo sistema de drenagem, segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano o tempo médio de percurso, da única linha de ônibus que atende ao bairro, sendo a 895 - Alto do Sol Nascente / TI Xambá, foi reduzido em 12,5%, sendo atualmente 70 minutos.
 

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Seção
Engenharia Civil