Problemas de acessibilidade na Escola Politécnica de Pernambuco

Resumo

O atual artigo teve como objetivo entender quais as necessidades de pessoas com mobilidade reduzida dentro de edificações e juntamente com a NBR 9050 compreender e propor soluções para pessoas com deficiência motora dentro da Escola Politécnica de Pernambuco. O presente trabalho foi realizado em caráter qualitativo e exploratório, tendo como base a NBR 9050 (ABNT, 2020) que trata sobre Acessibilidade à edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos e estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade. Foi realizada verificação in loco na Escola Politécnica de Pernambuco respondendo um roteiro básico de avaliação da acessibilidade nas edificações públicas através de medições e registros fotográficos. Através do roteiro foi verificado que a maioria das salas não possuem acesso inclusivo, algumas rampas de acesso não respeitam as dimensões mínimas, o único elevador não permite a manobra de um cadeirante, não existem rotas acessíveis com presença de desníveis em vários pontos do Campus. Como reflexo da estrutura sócio política brasileira, durante séculos houve um processo de elitização dos espaços de nível superior, que ajudou a reverberar um ambiente voltado à formação apenas da alta sociedade do Brasil. Porém, em decorrência das conquistas sociais, esse é um cenário que vem desde o final do século XIX mudando e trazendo de forma mais acessível e igualitária pessoas de diferentes classes sociais e condições físicas. Essa integração em maior escala trouxe a necessidade de proporcionar a esses indivíduos, dentre os quais estão o público-alvo deste artigo ações a fim de proporcionar um ambiente acadêmico inclusivo e igualitário. Através de um olhar mais empatico e com o doḿınio do processo produtivo de tecnologias assistivas podemos tornar a Escola Politécnica de Pernambuco um local mais inclusivo.