Argamassa modificada com polímeros: Avaliação da flexibilidade

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Paula Gabriele Vieira Pedrosa
Alberto Casado Lordsleem Jr.

Resumo

Diante da evolução da construção brasileira, os materiais convencionais, como as argamassas, necessitam acompanhar a modernização de forma a atender com desempenho satisfatório às demandas necessárias das edificações (YAO et al., 2021). Como a argamassa convencional é um material rígido e de baixa flexibilidade, estudiosos (WANG; WANG P., 2011; BRACHACZEK, 2018; ZHANG; LI; SONG, 2019) apresentam como solução para uma melhor adaptabilidade e versatilidade a modificação por meio de polímeros a fim de melhorar as propriedades deste material e aumentar o seu desempenho. Teixeira (2010) destaca que no processo construtivo tradicional frequentemente ocorre o aparecimento de fissuras na interface alvenaria-estrutura, apresentando causas variáveis e, muitas vezes, de difícil recuperação e identificação. Diversos autores (WANG; WANG P., 2011; BRACHACZEK, 2018; ZHANG; LI; SONG, 2019; YAO  et al., 2021) afirmam que a modificação com polímeros nas argamassas proporcionam ganho de flexibilidade. Em vista disso, o presente trabalho tem como objetivo estudar as propriedades de uma argamassa industrializada modificada com os polímeros estireno-acrílico e poliacetato de vinila. Para isso, a metodologia adotada consistiu em estudo experimental de uma argamassa industrializada utilizada como teor de referência e mais quatro traços: adição de 4% do copolímero estireno-acrílico (BA - Adição), substituição de 4% do copolímero estireno-acrílico (BA - Substituição), adição de 5% do copolímero poliacetato de vinila (BI - Adição) e substituição de 8% do copolímero estireno-acrílico(BI- Substituição). Realizada a mistura em concordância com a NBR 16541 (ABNT, 2016b) dos traços estudados foram realizados os ensaios para argamassa no estado fresco de índice de consistência, NBR 13276 (ABNT, 2016a), densidade de massa e teor de ar incorporado, NBR 13278 (ABNT, 2005a). Para o estado endurecido foram realizados os ensaios de densidade de massa aparente, NBR 13280 (ABNT, 2005c), resistência à tração na flexão e compressão, NBR 13279 (ABNT, 2005b), módulo de elasticidade dinâmico, NBR 15630 (ABNT, 2008) e a fim de avaliar a flexibilidade das argamassas modificadas foi feito o ensaio de deformação transversal de acordo com a EN 12002-4 (CEN, 2017). Os resultados demonstram que o traço BA - substituição apresentou o maior resultado de resistência à tração e à compressão apresentando ganho de 42% e 34%, respectivamente, comparado à argamassa sem modificação. Ambas as misturas com adição do copolímero poliacetato de vinila resultaram em queda das resistências. No que tange ao módulo de elasticidade dinâmico, todos os traços apresentaram diminuição variando de 12,06% até 54,34% em relação ao traço sem adição. A deformação transversal resultante dos traços variaram de 0,55 mm até 1,17mm, sendo o traço de BA - substituição a maior deformação transversal. O traço BA - substituição apresentou os maiores ganhos de resistência e de flexibilidade. Assim conclui-se que a adição dos polímeros na argamassa proporcionou melhorias expressivas nas propriedades estudadas, demonstrando que a modificação é eficiente para se obter maior flexibilidade.

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Seção
Engenharia Civil