Produção de biocombustíveis utilizando pirólise lenta de podas urbanas

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Hélder Teogênesis Leal de Carvalho
Sérgio Peres Ramos da Silva
Shirlene Tamires Oliveira dos Santos
Deivson Cesar Silva Sales
Sibéria Caroline Gomes de Moraes

Resumo

Podas urbanas são os resíduos sólidos advindos da retirada parcial de ramos de plantas, de modo a viabilizar o desenvolvimento saudável das árvores nos espaços ocupados pelas mesmas nas cidades (SÃO PAULO, 2016). Por serem materiais lenhosos, os resíduos de podas, ao serem utilizados para fins energéticos, são classificados como biomassa (CAMPOS, 201-?). A maior parte dos resíduos de podas urbanas acaba em lixões e aterros sanitários, fato que causa grande impacto ao meio ambiente, visto que o arranjo inadequado da matéria orgânica gera gás metano, chorume e colabora para a proliferação de vetores de doenças (BRASIL, 2017). A Lei Federal nº 12.305/2010, que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), principia, dentre vários quesitos, o incentivo ao aproveitamento energético dos resíduos sólidos urbanos (BRASIL, 2010). A pirólise é um processo termoquímico de decomposição da biomassa em um ambiente com pouco ou nenhum oxigênio, cujos produtos são biocarvão, bio-óleo e biogás (JAHIRUL et al., 2012). A pirólise lenta recebe essa denominação por ocorrer em temperaturas mais baixas (550-950 K) e em tempos maiores (5-30 min) em relação aos outros tipos de pirólise (JAHIRUL et al., 2012). O objetivo deste trabalho é produzir biocombustíveis a partir de podas urbanas por meio do processo de pirólise lenta, além de avaliar suas características e propriedades energéticas. Para a produção dos biocombustíveis, será utilizado o reator de leito fixo em batelada e em escala laboratorial para pirólise de resíduos sólidos que se encontra no Laboratório de Combustíveis e Energia da Universidade de Pernambuco (SILVA, 2017) e, para se determinar as características e propriedades energéticas tanto dos resíduos de poda quanto dos seus produtos de pirólise, serão utilizados os testes e medições de: análise termogravimétrica, calorimetria, cromatografia, densidade a granel, análise elementar, análise bromatológica, teor de umidade, massa específica, índice de acidez, viscosidade cinemática e teor de cinzas (LIMA, 2019; NEVES et al., 2011; SANTOS, 2019; SILVA, 2017). Espera-se que os produtos obtidos possam substituir total ou parcialmente os combustíveis fósseis para a geração de bioenergia. 

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Seção
Engenharia Mecânica/Controle e Automação e Tecnologia da Energia