Durabilidade de pavimentos intertravados de concreto, utilizando casca de sururu como agregado

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mattheus karryery Coelho Rodrigues Gonçalves de sá
Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani
Mahmoud Shakouri
Caio Victor Sousa Abreu de Vasconcelos
Marcionilo de Carvalho Pedrosa Júnior

Resumo

A comunidade da ilha de Deus localizada em Recife, capital de Pernambuco, possui problemas socioambientais, devido ao acúmulo de lixo e matéria orgânica oriunda da prática da pesca de organismos aquáticos, em sua grande maioria, estão as cascas de sururu, as quais são descartadas ao ar livre, ocasionando o assoreamento do rio e a proliferação de doenças. O estudo busca atender a demanda sanitária e ambiental, realocando os resíduos da comunidade pesqueira para a aplicação na indústria da construção civil.  Este trabalho apresenta um estudo experimental da utilização parcial do resíduo da casca de sururu (RCS) em substituição à areia, tanto em grande escala, automatizado, quanto de forma manual, para produção de blocos intertravados de concreto para pavimentação. Conforme (PEDROSA JUNIOR, 2022), a porcentagem de produção na fábrica de blocos foi definida em 0,00%, 4,57%, 9,71% e 12,00% representados como FR; F4,57; F9,71; e F12, com blocos de camadas duplas com revestimento argamassado de 10mm e bloco de concreto com dimensões de 100 mm x 200 mm x 60 mm. A produção com prensa manual foi classificada segundo (VASCONCELOS, 2022), com substituição parcial do agregado miúdo natural RCS em 0%, 5%, 10% e 12,5%, denominados de MR, M5, M10 e M12,5. As cascas de sururu beneficiadas para produção fabril, tiveram blocos compactados com tensão de compressão de 2 MPa, e sua dupla camada tinha relação água/cimento de 0,25 para o corpo do bloco e 0,06 para a face de acabamento, onde foram produzidos 200 corpos de prova para cada família, totalizando 800 corpos de prova. O cimento utilizado na produção foi o CPV-ARI. A fabricação de forma manual teve uma produção mínima de 50 corpos-de-prova por família, com o cimento CPII-Z 32MPa, onde foram adensados manualmente no estado fresco, sendo realizado ensaios de abatimento do tronco de cone. As dimensões dos blocos seguiram o mesmo padrão adotado para produção em grande escala. Foi adotada a relação água/cimento de 0,45. Além disso, foram realizados testes de resistência à compressão, absorção de água, congelamento e descongelamento, abrasão, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e analisador de raios X por energia dispersiva (EDS). Uma análise comparativa entre os blocos produzidos em fábrica e de forma manual, apontou que a melhor forma de utilização do agregado, é de até 10% de substituição na produção de blocos intertravados e sua melhor forma de utilização, devem focar em regiões de pouco tráfego, como passagem para pedestres, estacionamento e vias para veículos leves, auxiliando no incentivo ao desenvolvimento de materiais sustentáveis.

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Seção
Engenharia Civil