Estudo de percepções e avaliações do consumo de água em escolas públicas do Recife

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Juliana Farias Santos de Moraes
Simone Rosa da Silva
Luiz Gustavo Costa Ferreira Nunes

Resumo

Com a crescente expansão populacional, a demanda hídrica vem sendo intensificada nos centros urbanos, comprometendo os mananciais responsáveis pelo abastecimento das cidades, cujo comportamento dos usuários apresenta-se diretamente ligado ao consumo e desperdício dos recursos hídricos. Nesse contexto, as edificações escolares podem ser enquadradas como grandes desperdiçadoras de água, despertando para a importância de incentivar políticas de conservação da mesma. Para Melo et al. (2014), práticas e técnicas poupadoras e economizadoras de água devem ser aplicadas pela população consumidora, para que seja incentivado o seu uso racional. Assim, por ser um alicerce para a formação dos indivíduos, o ambiente escolar torna-se fortemente recomendado para a aplicação de tais técnicas. O presente estudo objetiva avaliar as principais atividades consumidoras de água em escolas públicas de Recife-PE e identificar o desperdício setorizado por ambiente, de acordo com a percepção dos usuários para o uso racional desse insumo. Para isso, foram analisadas duas escolas públicas de tipologias distintas, sendo elas regular e EREM – Semi-Integral, com a finalidade de realizar um estudo comparativo baseado em metodologias semelhantes analisadas por Ywashima (2005) e Nunes (2015), que sugerem estudar os hábitos de consumo de água em escolas públicas através de entrevista estruturada e formulários de observação. A partir dos valores encontrados para o Índice de Percepção (IU), de 36,94% para a escola regular e 40,39% para a escola EREM – Semi-Integral, é possível notar que, em geral, a percepção dos usuários para o uso racional é ainda muito baixa, reforçando que muitas atividades, como a lavagem de piso e preparo de refeições, são realizadas de maneira desperdiçadora. Por isso, é possível apontar algumas medidas de sensibilização aos usuários de forma direcionada a cada ambiente, de modo que as atividades racionais sejam vistas de forma prioritária com o propósito de promover a otimização do uso da água nestes ambientes. O estudo direcionado ao consumo de água através da análise do índice de percepção dos usuários nos ambientes escolares visa à diminuição do desperdício desse insumo, que se apresenta alto nesta tipologia de edificação. Portanto, é fundamental que haja uma política pública voltada às escolas para que seja determinado um Programa de Conservação da Água, garantindo a continuidade da utilização dos recursos hídricos com a minimização dos impactos ambientais, assim como a efetivação de campanhas educativas, para que cresça neste ambiente o compromisso social com as questões ambientais.Palavras-chave: Conservação de água, escolas públicas, índice de percepção.

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Seção
Engenharia Civil
Biografia do Autor

Juliana Farias Santos de Moraes, Universidade de Pernambuco

Estudante de Engenharia Civil, Departamento de Recursos Hídricos da Universidade de Pernambuco

Simone Rosa da Silva, Universidade de Pernambuco

Docente graduação e pós-graduação, departamento de recursos hídricos da Universidade de Pernambuco

Luiz Gustavo Costa Ferreira Nunes, Universidade de Pernambuco

Engenheiro Civil pela Universidade de Pernambuco. Técnico em Saneamento Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco. 

Referências

MELO, N. A.; SALLA, M. R.; OLIVEIRA, F. R. G. de; FRASSON, V. M., Consumo de água e percepção dos usuários sobre o uso racional de água em escolas estaduais do Triângulo Mineiro; Ciência & Engenharia, v.23, n.2, p.01-09, jul/dez, 2014
NUNES, L. G. C. F. Indicadores de Consumo de Água, em uma Escola Estadual de Recife-PE. Monografia de Bacharel em Engenharia Civil. Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco. Recife, PE. 2015.
YWASHIMA, L. Avaliação do uso da água em edifícios escolares públicos e análise e viabilidade econômica da instalação de tecnologias economizadoras nos pontos de consumo. Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil. Universidade Estatual de Campinas. Campinas, SP. 2005.