Monitoria em Resistência dos Materiais 2: Estratégias para Melhor Compreensão e Desempenho Acadêmico

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Natália Duarte Valença
Francisco Gilfran Alves Milfont

Resumo

A monitoria da disciplina de Resistência dos Materiais 2, oferecida no semestre de 2025.1 na Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (POLI/UPE), foi estrategicamente concebida para atender às necessidades dos alunos do curso de Engenharia Mecânica Industrial. Essa disciplina, um pilar essencial na formação dos engenheiros mecânicos, aprofunda-se em conceitos complexos como a deflexão de vigas, a flambagem de colunas, as transformações de tensões e deformações, e os métodos de energia. Tópicos como esses são amplamente abordados em literaturas clássicas da engenharia, como as obras de Beer et al. (2014) e Hibbeler (2018), que servem de base para a compreensão do comportamento de materiais sob carregamento e para o projeto de estruturas. A intrínseca complexidade desses temas, aliada às dificuldades frequentemente observadas em disciplinas pré-requisitos, como Mecânica General 2, salientou a necessidade premente de um suporte pedagógico complementar. Diante desse cenário, o principal objetivo da monitoria foi reforçar o processo de ensino-aprendizagem, proporcionando aos alunos as ferramentas e o apoio necessários para superar as barreiras conceituais e operacionais. As atividades ocorreram semanalmente, tanto de forma presencial quanto assíncrona, garantindo flexibilidade e acessibilidade no suporte aos discentes. A metodologia adotada incluiu uma variedade de estratégias pedagógicas: foram promovidas revisões teóricas aprofundadas, sessões de resolução de exercícios no quadro, plantões de dúvidas individualizados, e a elaboração e distribuição de materiais complementares, como resumos, vídeos explicativos, listas de exercícios adicionais e guias de estudo. Adicionalmente, foram realizados aulões de revisão com foco especial em provas de semestres anteriores, preparando os estudantes para as avaliações de forma abrangente. Para otimizar o acompanhamento, a monitora atuou de forma proativa na identificação das necessidades individuais dos discentes, estabelecendo um canal de comunicação aberto e contínuo por meio de conversas diretas, análise das dúvidas mais recorrentes e feedbacks informais que ajudavam a calibrar a abordagem da monitoria. Uma estratégia importante nesse processo foi o registro contínuo da presença dos alunos, por meio de uma ata de monitoria compartilhada com o professor da disciplina, servindo tanto como controle administrativo quanto como termômetro do engajamento. A manutenção de uma relação próxima e de constante alinhamento com o professor orientador foi um pilar essencial para o sucesso da iniciativa, permitindo a sincronização da monitoria com os conteúdos vistos pelo docente. Com o intuito de avaliar os impactos tangíveis da monitoria, realizou-se uma análise quantitativa comparativa entre os resultados acadêmicos dos períodos 2024.2 e 2025.1. Os dados revelaram um aumento de 8,7% na média do 1º Exercício Escolar e de 7,5% na média geral dos dois primeiros exercícios escolares (1º e 2º EE). Complementarmente, uma avaliação qualitativa foi conduzida por meio de um formulário aplicado aos discentes, cujos resultados reforçaram a percepção de valor da monitoria. A totalidade dos alunos (100%) indicou que recomendaria a monitoria a futuros colegas, enquanto 90% atribuíram a nota máxima à contribuição da monitoria para o seu aprendizado e 80% afirmaram categoricamente que não teriam alcançado a mesma profundidade de compreensão dos conteúdos sem o suporte oferecido. Nos comentários abertos, os estudantes frequentemente destacaram a clareza das explicações, a paciência da monitora em abordar as dúvidas e a sua postura acessível, elementos que se mostraram diferenciais na construção do conhecimento. Conclui-se que a monitoria se consolidou como uma estratégia pedagógica eficaz, promovendo engajamento, autonomia e aprendizagem ativa. Tal prática está alinhada às metodologias de ensino que valorizam o protagonismo discente no processo educacional (LIBÂNEO, 2013), evidenciando seu papel no fortalecimento da formação acadêmica em engenharia mecânica.

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Seção
Engenharia Mecânica/Controle e Automação e Tecnologia da Energia