Risco Ambiental e Declividade: Uma Abordagem com Geotecnologias no Bairro Dois Unidos, Recife/PE.
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
A expansão das cidades e o modo como os espaços urbanos são ocupados influenciam diretamente nos impactos ambientais em regiões classificadas como áreas de risco, locais suscetíveis à ocorrência de fenômenos naturais ou provocados pela ação humana, capazes de comprometer a segurança física e causar prejuízos materiais e patrimoniais aos moradores (Ministério das Cidades - IPT, 2007). A análise desses processos é essencial para entender e reconhecer as rápidas mudanças na paisagem, especialmente em encostas urbanas e fundos de vale. As ações humanas nesses ambientes alteram as formas do relevo e os processos naturais que nele atuam, podendo provocar desequilíbrios ecológicos e desastres, dependendo da localização e das características geológicas da área (Guerra, 2011; Gonçalves, Guerra, 2009). Diante disso, a pesquisa busca a avaliação e análise das áreas de risco a partir da sua declividade no bairro de Dois Unidos, em Recife/PE, utilizando o geoprocessamento, a fim de entender as condições reais de risco em uma área de ocupação desordenada da cidade de Recife. O bairro de Dois Unidos está localizado no município de Recife, faz parte da Região Político Administrativa 2 (RPA 2), e possui o equivalente a 312 hectares, com uma população residente que correspondente a aproximadamente 32.805 habitantes (Recife, 2010). A declividade é o nível de inclinação das superfícies em relação a uma linha horizontal, sendo um aspecto essencial para detectar as regiões com maior vulnerabilidade a inundações ou movimentos de massa (Goldini, Vestena, 2016). Diante disso, a metodologia utilizada nessa pesquisa foi baseada na elaboração do mapa de declividade que classificou a área em terreno plano (0-3%), suave-ondulado (3-8%), ondulado (8-20%) e forte-ondulado (20-45%), o que possibilita uma melhor visualização das áreas de risco e sua localização na região. Com base na análise realizada, verificou-se que as maiores declividades estão concentradas nas porções norte e oeste da RPA 2, abrangendo a área de estudo. A área analisada, encontra-se situada na zona de transição morfológica entre terrenos suave-ondulados e ondulados. A declividade de uma vertente corresponde ao ângulo de inclinação em relação ao plano horizontal, tendo em vista que vertentes com maiores graus de inclinação apresentam valores mais elevados de declividade, o que contribui para o aumento da suscetibilidade à intensificação de processos erosivos (Silva, 2023). Desse modo, o uso de geotecnologias em pesquisas voltadas para a identificação de áreas de risco contribui significativamente para a análise em múltiplas escalas, oferecendo subsídios essenciais ao planejamento de ações preventivas e estratégias de mitigação de desastres naturais (Amaral, 2017). Portanto, a identificação de áreas suscetíveis a deslizamentos, aliada ao uso de geotecnologias, revela-se essencial para o planejamento estratégico da expansão urbana e para ações de monitoramento e mitigação de riscos. Esses resultados são fundamentais, sobretudo para a população residente em zonas de risco, pois oferecem suporte à tomada de decisão pelos órgãos públicos e à definição de prioridades. Além disso, fortalecem o diálogo com a comunidade local, promovendo iniciativas participativas que visam minimizar a exposição a riscos ambientais e ampliar a eficácia das medidas preventivas.
Palavras-chave: áreas de risco; declividade; geoprocessamento; suscetibilidade.
Referências
MINISTÉRIO DAS CIDADES - IPT. Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Mapeamento de riscos em encostas e margens de rios. Brasília: Ministério das Cidades. Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, 2007. 176 p. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/PrevencaoErradicacao/L ivro_Mapeamento_Enconstas_Margens.pdf. Acesso em: 14 jul. 2025.
GUERRA, A. J. T. Encostas Urbanas. In: GUERRA, A. J. T. Geomorfologia Urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. p. 13-42.
GONÇALVES, L. F. H.; GUERRA, A. J. T. Movimentos de massa na cidade de Petrópolis (Rio de Janeiro). In: CUNHA, S. B; GUERRA, A. J. T. (orgs.). Impactos ambientais urbanos no Brasil. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. p. 189 – 252.
RECIFE - PREFEITURA DO RECIFE. Dois Unidos, 2010. Disponível em: https://www2.recife.pe.gov.br/servico/dois-unidos?op=NzQ1NQ==. Acesso em: 14 jul. 2025
AMARAL, C. M. Áreas de Risco e Vulnerabilidade Social em Áreas Urbanas: Soluções de Mapeamento com Técnicas de Geotecnologias para Viçosa-MG, 2017. Disponível em: file:///C:/Users/dayrl/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/a%CC%81reas%20de%20risco-%20CINTHIA-MARIA-AMARAL%20(1).pdf. Acesso em: 14 jul. 2025.
SILVA, D. A. da. Análise das classes de declividade do Chapadão do Diamante (Serra da Canastra) e sua relação com padrões de compartimentação do relevo e geocoberturas. Universidade Federal de Uberlândia, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/38454/1/An%C3%A1liseDasClasses.pdf. Acesso em: 19 jul. 2025.
GOLDINI T.R.; VESTANA L. R. Mapeamento das Áreas de Risco à Inundação na cidade de Guarapuava-PR. Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), 2016. Disponível em: https://www.eng2016.agb.org.br/resources/anais/7/1468193530_ARQUIVO_Thiago_Roberto_Goldoni_Artigo_ENG2016.pdf. Acesso em:19 jul. 2025.
Palavras-chave: áreas de risco; declividade; geoprocessamento; suscetibilidade.
Referências
MINISTÉRIO DAS CIDADES - IPT. Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Mapeamento de riscos em encostas e margens de rios. Brasília: Ministério das Cidades. Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, 2007. 176 p. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/PrevencaoErradicacao/L ivro_Mapeamento_Enconstas_Margens.pdf. Acesso em: 14 jul. 2025.
GUERRA, A. J. T. Encostas Urbanas. In: GUERRA, A. J. T. Geomorfologia Urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. p. 13-42.
GONÇALVES, L. F. H.; GUERRA, A. J. T. Movimentos de massa na cidade de Petrópolis (Rio de Janeiro). In: CUNHA, S. B; GUERRA, A. J. T. (orgs.). Impactos ambientais urbanos no Brasil. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. p. 189 – 252.
RECIFE - PREFEITURA DO RECIFE. Dois Unidos, 2010. Disponível em: https://www2.recife.pe.gov.br/servico/dois-unidos?op=NzQ1NQ==. Acesso em: 14 jul. 2025
AMARAL, C. M. Áreas de Risco e Vulnerabilidade Social em Áreas Urbanas: Soluções de Mapeamento com Técnicas de Geotecnologias para Viçosa-MG, 2017. Disponível em: file:///C:/Users/dayrl/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/a%CC%81reas%20de%20risco-%20CINTHIA-MARIA-AMARAL%20(1).pdf. Acesso em: 14 jul. 2025.
SILVA, D. A. da. Análise das classes de declividade do Chapadão do Diamante (Serra da Canastra) e sua relação com padrões de compartimentação do relevo e geocoberturas. Universidade Federal de Uberlândia, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/38454/1/An%C3%A1liseDasClasses.pdf. Acesso em: 19 jul. 2025.
GOLDINI T.R.; VESTANA L. R. Mapeamento das Áreas de Risco à Inundação na cidade de Guarapuava-PR. Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), 2016. Disponível em: https://www.eng2016.agb.org.br/resources/anais/7/1468193530_ARQUIVO_Thiago_Roberto_Goldoni_Artigo_ENG2016.pdf. Acesso em:19 jul. 2025.
Downloads
Não há dados estatísticos.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Seção
Engenharia Civil