Pedologia e Geoprocessamento Aliados na identificação de riscos Ambientais em Recife/PE
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Resumo
O crescimento demográfico descontrolado, junto à escassez de planejamento urbano, tem levado muitas pessoas a se estabelecerem em áreas de risco. Sendo assim, esse processo de urbanização informal aumenta a vulnerabilidade das populações, tornando ainda mais difícil a implementação de políticas públicas de prevenção e mitigação, (ZAMBON; SALVATI, 2018; SHEN et al., 2022). Segundo o IBGE (2022), Recife, capital pernambucana, possui uma população estimada com aproximadamente 1.488.920 habitantes, representando uma densidade demográfica com cerca de 6.803,60 hab./km². A área do município é bastante povoada e urbana e, de acordo com o IBGE, 38,1% dessa população possui um rendimento mensal de ½ salário-mínimo, o que é uma das maiores causas da ocupação desordenada nas áreas de encostas e morros. A realização de estudos e análises em áreas de riscos de deslizamentos pode apresentar desafios, devido a diversas interferências antrópicas, o que acaba dificultando os avanços para se evitar acidentes nessas áreas. Diante disso, a pesquisa busca a avaliação e análise geológica por meio do geoprocessamento, mostrando os fatores considerados no mapeamento de uma área de risco no bairro de Dois Unidos, em Recife/PE, destacando os principais impactos socioambientais e econômicos, decorrentes das ações inadequadas na ocupação dessas áreas. O bairro de Dois Unidos fica localizado no município da cidade do Recife, fazendo parte da Região Político Administrativa 2 (RPA 2), possuindo uma área territorial de cerca de 312 hectares, com uma população residente de 32.805 habitantes, sendo sua densidade demográfica equivalente a 105,51 habitantes por hectare (Prefeitura do Recife, 2010). O mapeamento foi feito com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a pedologia e foram processadas através do Sistema de informações Geográficas (SIG). Observa-se que o tipo de solo predominante é o Latossolo Amarelo, ocupando cerca de 97,22% da área, além de possuir uma pequena parcela de Argissolo Amarelo, ocupando 2,77% da área. Nesse contexto, os latossolos são solos que possuem baixa fertilidade, devido a sua composição formada por óxidos de ferro, alumínio, sílico e titânio, além de ser altamente intemperados, bem drenados, associado a relevos planos e suave ondulados (Bócoli, 2021; Jatobá e Silva, 2022). Quanto aos argissolos, são solos profundos, podendo ter uma drenagem moderada a bem drenado, sendo mais influente nas causas de deslizamento, podendo ser mais encontrado em relevos mais acidentados e ondulados (Jatobá; Silva, 2022). A encosta escolhida fica próxima a áreas que possuem os solos mencionados anteriormente. Esta combinação do tipo de solo com a declividade da área contribui para o melhor entendimento sobre os possíveis deslizamentos que venham a ocorrer nessa área. Desse modo, o uso do Sistema de Informações Geográficas (SIG), juntamente com a avaliação de influências dos critérios, como a pedologia, ajudam na identificação das áreas com riscos a deslizamento, proporcionando uma importância no planejamento estratégico para a expansão urbana, assim como para o planejamento socioambiental e na utilização de ferramentas que auxiliem no monitoramento na área de risco. Esses resultados são fundamentais, tanto para a população residente, quanto ao órgão público na tomada de decisão, além de fornecer um diálogo com a comunidade local, para promover iniciativas e ampliar medidas preventivas que visam minimizar essa exposição nas áreas de riscos.
Palavras-chave: geoprocessamento, áreas de riscos, pedologia, geotecnologias.
Referências
ZAMBON, I., & SALVATI, L. Demographic dynamics, economic expansion and settlement dispersion in Southern Europe: contrasting patterns of growth and change in three metropolitan regions. Management Research and Practice, v.10, n.2, p.41-62, 2018.
IBGE, 2022. Conheça cidades e estados do Brasil, Portal: IBGE – Instituto de Geografia e Estatística, v4.3.16.1 (2021) Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/ Acesso em: 13 de julho de 2025.
SHEN, P. et al. Urbanization-induced Earth's surface energy alteration and warming: A global spatiotemporal analysis. Remote Sensing of Environment, v. 284, p. 113361, 2023. DOI: 10.1016/j.rse.2022.113361.
RECIFE - PREFEITURA DO RECIFE. (2010). Dois Unidos. Disponível em: https://www2.recife.pe.gov.br/servico/dois-unidos?op=NzQ1NQ==. Acesso em: 16 jul. 2025
CARVALHO, A. P. de. Solos do arenito Caiuá. In: PEREIRA, V. de P.; FERREIRA, M. E.; CRUZ, M. C. P. da. (Ed.). Solos altamente suscetíveis à erosão. Jaboticabal: UNESP/ SBCS, 1994. p. 39-50
JATOBÁ, L.; SILVA, A. F. Estruturação natural de paisagens da Zona da Mata do Estado de Pernambuco. Ciência Geográfica. v. 26, n. 1, p. 9-33, 2022.
BÓCOLI, F. A. Caracterização de latossolos em topossequência e de argissolos em hidrossequências com apoio de sensores próximos. 2021. Dissertação em Ciência do Solo - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2021.
Palavras-chave: geoprocessamento, áreas de riscos, pedologia, geotecnologias.
Referências
ZAMBON, I., & SALVATI, L. Demographic dynamics, economic expansion and settlement dispersion in Southern Europe: contrasting patterns of growth and change in three metropolitan regions. Management Research and Practice, v.10, n.2, p.41-62, 2018.
IBGE, 2022. Conheça cidades e estados do Brasil, Portal: IBGE – Instituto de Geografia e Estatística, v4.3.16.1 (2021) Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/ Acesso em: 13 de julho de 2025.
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BÓCOLI, F. A. Caracterização de latossolos em topossequência e de argissolos em hidrossequências com apoio de sensores próximos. 2021. Dissertação em Ciência do Solo - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2021.
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Seção
Engenharia Civil