Produção de Etanol a partir da Biomassa da Eichhornia crassipes: Uma Alternativa Sustentável para o Controle de Plantas Invasoras e Geração de Energia Renovável

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Jeferson José da Silva
Adalberto Freire do Nascimento Júnior
Alexandre Nunes da Silva
Deivson Cesar Silva Sales
Sérgio Peres Ramos da Silva

Resumo

A proliferação descontrolada da Eichhornia crassipes, planta aquática invasora comum em regiões tropicais, tem causado sérios impactos ambientais em corpos hídricos brasileiros, como no Canal da Malária, em Olinda (PE), onde compromete a biodiversidade, dificulta o escoamento pluvial e favorece a propagação de doenças. Paradoxalmente, as mesmas características que tornam a espécie um problema ambiental — como o rápido crescimento e a elevada produção de biomassa — também a destacam como uma alternativa promissora para a produção de biocombustíveis. Diversos estudos evidenciam o potencial energético da planta, especialmente devido ao seu alto teor de celulose e hemicelulose, componentes que permitem sua conversão em etanol por meio de processos de hidrólise e fermentação (HIRPHAYE et al., 2022; RUAN et al., 2016; DAS et al., 2013). O presente trabalho propõe avaliar a viabilidade técnica e econômica da utilização da baronesa como matéria-prima na produção de etanol, unindo o controle ambiental à promoção de uma matriz energética mais limpa. O processo produtivo se inicia com um pré-tratamento físico-químico da biomassa, com o objetivo de romper a estrutura das fibras vegetais e expor os carboidratos estruturais. Em seguida, realiza-se a hidrólise enzimática, utilizando enzimas como celulases e hemicelulases, responsáveis por converter os polissacarídeos em açúcares fermentáveis. A etapa subsequente envolve a fermentação alcoólica conduzida por levedura, sob condições específicas de temperatura e pH, promovendo a conversão dos açúcares em etanol e dióxido de carbono. Por fim, o etanol obtido é separado por destilação fracionada e pode ser purificado de acordo com sua aplicação final. Os resultados preliminares apontam para um cenário promissor: rendimento favorável, custos reduzidos e indícios de impacto ambiental positivo, reforçando a possibilidade de que a utilização da Eichhornia crassipes na produção de biocombustíveis seja tecnicamente viável e ambientalmente sustentável (HIRPHAYE et al., 2022; RUAN et al., 2016). Ainda que os desdobramentos práticos da implementação em larga escala permaneçam incertos, observa-se um potencial concreto para que a biomassa dessa espécie, tradicionalmente associada a problemas ecológicos, se transforme em solução energética. Nesse sentido, a iniciativa poderá representar uma estratégia eficaz para fomentar o desenvolvimento sustentável em regiões impactadas por sua proliferação, integrando inovação tecnológica, economia circular e preservação ambiental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Seção
Engenharia Mecânica/Controle e Automação e Tecnologia da Energia