Estudo do comportamento do concreto permeável composto por diferentes proporções e composições granulométricas
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Resumo
A mistura de cimento Portland, água e agregado graúdo resulta na fabricação do Concreto Permeável, que permite facilmente a penetração de água em sua estrutura. Na pavimentação, gera diversos benefícios, como a diminuição do escoamento superficial das águas pluviais, recarga do lençol freático, e redução dos efeitos de ilhas de calor. Objetivando estudar o comportamento do concreto permeável com relação às proporções de cimento e agregado graúdo e com relação às composições granulométricas adotadas nas misturas, e por fim comparar o comportamento do material com os valores exigidos pela NBR 16416 (2015), uma amostra de agregado graúdo foi analisada para obtenção de sua composição granulométrica de acordo com a NBR NM 248 (2001), de forma a separar duas frações predominantes (F1 e F2). Também foi analisada a absorção de água do material segundo a NBR NM 53 (2009). Foram estudadas quatro misturas, com valor fixo de relação água/cimento, e duas diferentes proporções em massa de cimento/agregado graúdo, correspondentes a 1:4 (misturas M1 e M2) e 1:4,5 (misturas M3 e M4). Para cada uma dessas proporções, há uma mistura composta em sua totalidade pela fração F1 (M1 e M3), e outra composta pela combinação igualitária das frações F1 e F2 (M2 e M4). Para cada mistura, seis corpos de prova prismáticos 10cmx10cmx20cm foram moldados para verificar a resistência à compressão (NBR 9781, 2013). Para verificar a resistência à tração na flexão (NBR 12142, 2010), foram moldados seis corpos de prova prismáticos 10cmx10cmx40cm. O agregado graúdo foi classificado como brita de 12,5 mm. As frações predominantes F1 e F2 foram retidas pelas peneiras de 6,3 mm (42,7%), e 4,75 mm (29,7%), respectivamente, totalizando 72,4% do agregado. A absorção de água média teve como resultado 0,7%, valor este que é considerado no momento da dosagem do concreto, uma vez que a quantidade de água deve ser determinada com relação ao agregado saturado. A resistência à compressão nas misturas compostas pela concentração 1:4 de cimento e agregado graúdo mostrou-se maior que na concentração 1:4,5, e não houve diferença significativa entre as diferentes composições granulométricas. Contudo, nenhuma mistura atingiu a resistência mínima exigida pela NBR 16416 (2015). Também os valores de resistência à tração na flexão foram maiores da proporção 1:4, mas houve diferença significativa entre o resultado nas diferentes granulometrias na proporção 1:4,5, ficando somente a mistura M3 abaixo do valor exigido pela NBR 16416 (2015). As misturas M1, M2 e M4, portando, poderiam ser aplicadas como revestimento de concreto moldado no local, mas não como peças intertravadas.
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Edição
Seção
Engenharia Civil
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados - determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2001.
______. NBR NM 53: Agregado graúdo – determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Rio de Janeiro, 2009.
NBR 12142: Concreto – determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova prismáticos. Rio de Janeiro, 2010.
______. NBR 9781: Peças de concreto para pavimentação – especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2013.
______. NBR 16416: Pavimentos permeáveis de concreto – requisitos e procedimentos. Rio de Janeiro, 2015.
______. NBR NM 53: Agregado graúdo – determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Rio de Janeiro, 2009.
NBR 12142: Concreto – determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova prismáticos. Rio de Janeiro, 2010.
______. NBR 9781: Peças de concreto para pavimentação – especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2013.
______. NBR 16416: Pavimentos permeáveis de concreto – requisitos e procedimentos. Rio de Janeiro, 2015.