Estudo e Recuperação de Manifestações Patológicas de uma Ponte na Região Metropolitana do Recife

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Renata Gomes de Melo Sampaio
Sérgio Priori Jovino Marques

Resumo

Pretende-se explanar as manifestações patológicas existentes da estrutura da ponte Getúlio Vargas, na Ilha de Itamaracá e propor soluções viáveis para sua recuperação.Como metodologia do estudo, após revisão bibliográfica e resgate histórico da estrutura, fez- se a inspeção visual in loco, para identificar as patologias, diagnóstico de corrosão de armaduras através do ensaio de carbonatação em uma das travessas, com profundidades variando a cada 0,5cm, indo de 1,5 a 3cm, utilizando fenolftaleína, e definição da conduta para recuperação. Dentre as manifestações patológicas encontradas, destacam-se a oxidação da armadura, fissuras, perda de aderência e segregação do concreto, encontradas em todos os elementos da ponte, além de presença de matéria orgânica e umidade, nos passeios e longarinas, e trincas e expansão do concreto dos pilares. Através do ensaio de carbonatação, constatou-se que a estrutura não está carbonatada, o que significa que a oxidação da armadura teve origem na contaminação por íons cloreto. Para a recuperação da estrutura, recomenda-se a remoção das ruínas dos guarda-corpos e passeios, substituindo-os por novos, em concreto armado, utilizando aço CA-50 e elementos pré-moldados. Já para longarinas, travessas e pilares, deve-se fazer a escarificação mecânica onde existam indícios de corrosão até atingir o concreto não afetado, exibindo toda a armadura oxidada. Em seguida, as armaduras oxidadas deverão ser limpas com o jato de ar comprimido até a completa remoção de partículas soltas, de modo a remover quaisquer vestígios de oxidação. Sempre que a redução da seção transversal do aço supere 10%, esta deve ser recomposta, com novas armaduras e estribos, utilizando aço CA-50, coladas com argamassa de base epóxi com características mecânicas adequadas. Para restaurar as características originais do bloco e garantir sua impermeabilidade, far-se-á a injeção de fissuras com graute de base epóxi, cujo tipo varia de acordo com a abertura da fissura. Ademais, se recomenda aplicar, sobre toda a superfície das armaduras tratadas ou substituídas, pintura inibidora de corrosão, além de um bloqueador de poros. É imprescindível realizar a drenagem da ponte para que não haja presença de umidade na estrutura, além retirar toda a matéria orgânica existente, que pode ser causar alterações físico-quimicas, como a redução do pH, desagregação superficial e corrosão das armaduras. O desenvolvimento desse estudo proporcionou a realização do levantamento e avaliação das principais manifestações patológicas, além da sugestão de métodos para recuperação da estrutura da Ponte Getúlio Vargas. Face ao exposto, é inevitável o reparo da estrutura, em estado avançado de degradação, podendo causar acidentes aos transeuntes. Erros de projetos e/ou execução mostraram-se notórios, principalmente no que diz respeito ao pequeno cobrimento das armaduras da ponte perante uma zona de agressividade alta.Palavras-chave: manifestações patológicas; recuperação estrutural

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Seção
Engenharia Civil
Biografia do Autor

Renata Gomes de Melo Sampaio, Escola Politécnica de Pernambuco

Engenheira Civil, formada pela Escola Politécnica de Pernambuco, aos 23 anos. Possui experiência na área de recuperação estrutural, orçamento e planejamento.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118. Projetos de estrutura de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

SOARES, A.P.F.; VASCONCELOS, L.T.; NASCIMENTO, F. B.C. Corrosão em Armadura de Concreto. Ciências exatas e tecnológicas. Maceió | v. 3 | n.1 | p. 177-188 | Novembro 2015 | periodicos.set.edu.br.

RIBEIRO, D. V. e HELENE, Paulo. Corrosão em Estruturas de Concreto Armado. “Teoria, Controle e Métodos de Análise” - 1º edição – Rio de Janeiro, editora CAMPUS, 2014.