Análise da Dimensão Fractal de Tumores em Imagens Cerebrais

Resumo

Os astrocitomas representam um complexo grupo de tumores cerebrais benignos e malignos que podem ser diagnosticados em qualquer idade. São os tumores cerebrais mais frequentes e representam mais de metade de todos os tumores cerebrais primários. O prognóstico dos astrocitomas possui uma escala de possivelmente favorável (grau I) a tumores de prognóstico reservado (grau IV). A análise da dimensão fractal (DF) de imagens de tumores tem sido empregada no diagnóstico e na estimativa do prognóstico de pacientes. O objetivo deste estudo foi analisar a DF de astrocitomas em imagens do cérebro de seres humanos. Nas imagens de cérebro humano, foram analisados 21 tumores do tipo astrocitoma. Foi medida a dimensão fractal através do método contagem de caixas nas imagens de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Tomografia Computadorizada (TC) que estavam disponíveis em artigos publicados nas bibliotecas virtuais Scientific Electronic Library Online, US National Library of Medicine e Biblioteca Virtual em Saúde. Os critérios de inclusão dos artigos foram: i) conter imagem de cérebro, obtida por TC ou RMN; ii) ter sido identificado com o uso do descritor “cérebro”, escrito em português, inglês ou espanhol. Foram excluídos os artigos que apresentaram imagem inadequada para o cálculo da dimensão fractal. Como resultado foi observado que nas imagens de astrocitoma grau IV, o valor da DF foi 1,5±1,9; para grau III foi 1,6±0,2; grau II, 1,5±0,1; e grau I, 1,4±0,3. Em relação a idade dos paciente pode-se observar que as médias da DF por faixa etária foi de: 1,5±0,1 até 20 anos; 1,5±0,3 em indivíduos com idade entre 20 e 30 anos; e 1,3±0,1. Conclui-se que a DF pode ser utilizada como parâmetro adicional na prática diagnóstica, auxiliando o profissional médico na tomada de decisão.