O uso da termografia infravermelha para verificação de corrosão de armadura em postes de concreto armado

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Lucas Amorim Amaral Menezes
Yêda Vieira Póvoas
Diego José Araújo Viégas

Resumo

A termografia infravermelha pode mostrar de forma não destrutiva manifestações patológicas antes de se tornarem visíveis e mais danosas. A identificação da patologia após sua manifestação visual restringe as alternativas de correção e de minimização do problema, às vezes comprometendo a durabilidade da estrutura. A corrosão é bastante discreta até o momento da sua manifestação visual, logo, a necessidade de um método de pesquisa mais ágil e eficaz torna-se imprescindível. A análise termográfica surge como uma possibilidade devido à existência de incoerências nos padrões de temperatura dos elementos da estrutura que apresentem manifestações patológicas. A avaliação térmica com base na termografia é a percepção da temperatura superficial de um corpo pelo mecanismo de transferência de calor (radiação), uma vez que todo corpo com temperatura acima do zero absoluto emite radiação térmica (VIÉGAS, 2015). Esse estudo tem como objetivo analisar qualitativamente a utilização do ensaio térmico digital para detectar a ocorrência de corrosão em postes de concreto armado situados na orla da praia da cidade de Olinda-PE. Alguns procedimentos foram realizados para o diagnóstico da manifestação patológica. Estes procedimentos seguiram as seguintes etapas de execução: visita à orla de Olinda para a análise visual de postes de concreto armado, realização de relatório fotográfico e ensaio de termografia infravermelha de 10 postes da orla, no horário entre 14h e 16h, realizado, em cada poste, no lado da frente (com ação direta aos respingos de névoa salina) e também no lado oposto (parte de trás), e por fim, a análise dos resultados através dos termogramas obtidos. O equipamento utilizado foi uma câmera termográfica, FLIR E-60. Para sua utilização é necessário inserir alguns parâmetros como a emissividade do objeto, a temperatura ambiente, a umidade relativa e a distância de medição. É interessante ressaltar que, segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), o ambiente dos ensaios tem classe de agressividade ambiental IV, ou seja, muito forte, com risco de deterioração elevada. Na análise dos ensaios, a princípio, é possível verificar que os produtos da corrosão que geram uma mancha marrom na parte externa do concreto conduzem mais calor, apresentando uma temperatura mais elevada que o concreto. Desta maneira, a procura pela ocorrência de corrosão está ligada à detecção de temperaturas possivelmente mais altas do que as verificadas na camada exterior.  O ensaio mostrou também que uma temperatura elevada em trincas com relação ao concreto pode ser uma indicação da ocorrência de corrosão de armaduras. Este conhecimento é válido e aplicável, sobretudo, nos casos de corrosão por ataque de cloretos, uma vez que pites são formados. Neste caso, a utilização da termografia infravermelha pode ajudar a detectar a localização destes pites.  Os resultados do estudo mostram através da análise dos termogramas, indícios de que partes da estrutura estão corroídas, incorporando assim, a termografia infravermelha como um interessante ensaio não destrutivo a ser utilizado.PALAVRAS-CHAVES: Termografia infravermelha; Manifestação patológica; Corrosão; Termogramas.

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Seção
Engenharia Civil

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 (2014): Projetos de estrutura de concreto - Procedimento. 2014.

VIÉGAS, D.J.A. Utilização de Termografia Infravermelha em Fachadas Para Verificação de Descolamento de Revestimento. Dissertação de Mestrado. Universidade de Pernambuco, Recife, PE, 2015.