Mapeamento de danos nas fachadas de igrejas do século XVI e XVII da região do sítio histórico de Olinda – PE

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José Vitor da Silva Macedo

Resumo

Desde o ano de 1968, o conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico do sítio histórico de Olinda foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e posteriormente, no ano de 1982, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) concebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade evidenciando assim a importância de Olinda com suas igrejas e casarios para a sociedade brasileira e mundial. Dessa forma, faz-se necessária a sua preservação, que deve ser feita com manutenção preventiva das estruturas destas edificações. Sabendo disto, esta pesquisa de iniciação científica originada de uma pesquisa de mestrado em desenvolvimento, tem como objetivo avaliar o estado de conservação das fachadas de duas Igrejas construídas entre os Séc. XVI e XVII inseridas no sítio histórico de Olinda – PE, elaborando mapas de danos das fachadas de cada edificação estudada. A metodologia desta pesquisa foi dividida em cinco etapas: levantamento de informações gerais sobre o sítio histórico de Olinda, levantamento de plantas de fachadas, escolha das edificações, levantamento histórico-construtivo, inspeções nas igrejas e elaboração de mapas de danos das fachadas de cada edificação estudada. A primeira etapa, levantamento de informações gerais sobre o sítio histórico de Olinda, foi crucial para o entendimento da importância do círculo de tombo de Olinda; a segunda etapa consistiu-se na busca por plantas de fachadas em instituições como Iphan e o Arquivo Público de Olinda. Nesta etapa, quase todas as plantas estavam disponíveis para consulta em desenho a mão livre e algumas destas foram obtidas em arquivos digitais. A terceira etapa envolveu a escolha das edificações a serem estudadas e foram escolhidas duas igrejas do sítio histórico de Olinda a Igreja do Carmo e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A adoção destas duas igrejas levou em consideração o acesso, a disponibilidade de informação e plantas, a importância para sociedade, seu estado de preservação e histórico de intervenções. Na quarta etapa foram realizados levantamento histórico-construtivos das Igrejas adotadas, esta etapa foi importante, pois estudou-se o histórico de recuperações estruturais e a metodologia construtiva das Igrejas, entendendo-se assim, os materiais utilizados nestas intervenções para que fosse avaliadas, posteriormente, a correlação destes materiais e as manifestações patológicas encontradas nas edificações religiosas. A etapa de inspeções nas Igrejas foi objetivada pela necessidade de um levantamento de danos para a elaboração do mapa de danos, nesta fase foram produzidas Fichas de Identificação de Danos (FID) que segundo Tinoco (2009) são imprescindíveis para que se haja um registro para a elaboração dos mapas de danos. E por fim a última etapa, elaboração de mapas de danos, veio para simplificar a visualização das anomalias encontradas na etapa anterior e sintetizar todas as informações de localização e abrangência dos problemas observados nas fachadas. Estes mapas de danos se mostraram ótimas ferramentas para uma visão geral das anomalias das fachadas de uma forma mais simples e prática, apontando assim, um estado de deterioração preocupante de ambas as igrejas o que evidencia a importância de manutenção periódica das edificações religiosas. Palavras-chave: mapa de danos; manifestações patológicas; igreja; patrimônio.

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Seção
Engenharia Civil

Referências

TINOCO, J.E.L. Mapa de Danos Recomendações Básicas. CECI: Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada, UFPE, 2009.