Medida da alteração da acessibilidade após mudança na concentração espacial dos hospitais da Região Metropolitana do Recife

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Isabela Maciel de Sousa Silva
Jessica Helena de Lima

Resumo

Medida da alteração da acessibilidade após mudança na concentração espacial dos hospitais da Região Metropolitana do RecifeIsabela Maciel de Sousa Silva, estudante de graduação de Engenharia Civil da Universidade de Pernambuco (belmaciel@gmail.com)Jessica Helena de Lima, Professora da Universidade de Pernambuco (delima.jh@gmail.com)O crescimento das cidades brasileiras se deu sem planejamento, com incentivo do uso de carro, em detrimento do transporte público. Desta forma, aumentou a dificuldade de deslocamento das pessoas e diminuiu a acessibilidade a determinados locais e serviços (CUNHA et al., 2004). O desenvolvimento da área urbana pode ser estimulado pelo Estado, com a construção de prédios públicos com serviços e mudança do uso do solo de uma determinada região erma para ter um esvaziamento de outra (LIMA, 2014). Nesse sentido, devido ao aumento da demanda da população por serviços de saúde especializados, foram construídos três hospitais em regiões atípicas. O nível de acessibilidade é estabelecido pela relação entre pessoas e o uso do solo, além do mais, o desenvolvimento socioeconômico de uma região depende do acesso das pessoas a esses lugares, e o deslocamento se dá por meio do transporte. A princípio, o acesso ao serviço de saúde é dado pela disponibilidade de tipo e volume necessário à população, no entanto, esse acesso deverá ter uma continuidade para que o usuário obtenha o cuidado necessário (ALBUQUERQUE et al., 2014). Para isso, é fundamental que a população tenha acessibilidade ao serviço de saúde, propiciando a continuidade do tratamento. O objetivo foi medir a alteração da acessibilidade entre quatro hospitais da RMR com base nas localidades de baixa renda, realizadas por transporte público. A metodologia consistiu em comparar dois dos novos hospitais construídos nos últimos seis anos, com outros dois hospitais existentes na região central da RMR, a partir dos dados gerados no site do Google Maps. O cálculo do tempo de viagem tem origem nos centros das ZEIS e destino aos hospitais, em diversos horários ao longo do dia. A análise feita com o auxílio do software Microsoft Excel. A partir da construção e inauguração de um serviço desse porte, é esperada uma nova demanda de fluxo de pessoas que irão utilizá-lo, esse local será um Polo Gerador de Viagem (PGV), pois atrairá novas viagens e por isso, deve-se planejar a oferta de transporte ao novo local. Ao definir essas localidades dos novos hospitais, foram consideradas e implementadas estratégias para garantir o acesso das pessoas para utilização do serviço de saúde além da disponibilidade desse serviço. É preciso que seja feito um planejamento de transportes adequado após a mudança do uso do solo de um determinado local, pois, ao definir as estratégias necessárias para solucionar problemas de mobilidade e acessibilidade, as pessoas podem utilizar de forma plena um serviço cujo investimento financeiro público é alto. O engenheiro deverá prever os impactos gerados pela construção de um PGV, dentro da sua área, e dar soluções a esses problemas, procurando integrar o projeto com outros setores. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Seção
Engenharia Civil

Referências

ALBUQUERQUE, M. S. V.; Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a partir da Atenção Básica em Pernambuco. Saúde debate, Rio de Janeiro, v. 38, n. esp, p. 182-194, Out. 2014.

CUNHA, M. J. T.; MAIA, M. L. A.; LIMA NETO, O. C.C.; Transporte, acessibilidade e revitalização urbana: o caso do bairro do Recife. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.

LIMA, J. H.; ANDRADE, M. O.; MAIA, M. L. A.; Como medir a variação de acessibilidade causada pela implantação de um território gerador de viagens? In: XXVIII Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes. Curitiba: ANPET, 2014.