Estudo das manifestações patológicas de uma edificação em Tamandaré-PE com uso de termografia infravermelha

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Ayrton Wagner dos Santos Gomes de Sá
Diego José Araújo Viegas

Resumo

O estudo das patologias de estruturas de concreto assume relevante importância na medida em que não apenas avalia os danos manifestados pelas estruturas de concreto, quais são suas prováveis causas e as formas mais adequadas de tratamento corretivo, como também constitui fonte de dados importantes para o estabelecimento de procedimentos de projeto e de construção, com o objetivo de minimizar os riscos de ocorrência de danos em aplicações similares e, com isso, estabelecer parâmetro para o aumento da vida útil das estruturas (AZEVEDO, 2011). A corrosão do aço em estruturas de concreto armado é uma das principais manifestações patológicas nas construções, é também a que apresenta maiores custos com reparo por interferir na capacidade portante das obras de engenharia civil. Ela surge devido ao fenômeno de carbonatação, que ocorre em ambientes urbanos e industriais com alta concentração de gás carbônico, ou devido à exposição a íons cloretos em ambientes marinhos (BAROGHEL-BUNNY et al., 2014). Devido à proximidade com o mar, caracterizando classe de agressividade ambiental III, segundo a NBR 6118 (2014), acarretando em um avançado estado de corrosão de armadura, ocorreu o colapso de parte da estrutura de concreto armado da fachada de uma edificação localizada em Tamandaré-PE, com aproximadamente 32 anos, motivando um estudo mais abrangente do edifício. De modo que esse trabalho objetivou analisar e caracterizar as manifestações patológicas ocorridas, assim como estudar as causas e propor soluções. Adotaram-se como metodologia os seguintes procedimentos: vistoria à edificação, realização de ensaios, levantamento das patologias existentes, discussão sobre as possíveis causas e a proposta de soluções. Inicialmente, utilizou-se a termografia infravermelha, procurando facilitar a identificação dos elementos em concreto armado, suas fissuras e prováveis indícios de corrosão. Em seguida foram realizados ensaios de profundidade de carbonatação com fenolftaleína e teor de cloretos com solução de nitrato de prata. Os resultados encontrados foram: teor de cloretos de , profundidade de carbonatação média de 22 milímetros, superior ao cobrimento médio de 15 milímetros, e perda de seção do aço em algumas regiões. A solução adotada foi a recuperação estrutural de vigas, vergas e pilares de concreto armado, com a substituição das barras de aço que apresentavam redução maior que 10% da seção. Concluímos que as manifestações patológicas ocorreram devido ao extenso espaço de tempo sem a devida manutenção, o cobrimento e fator água-cimento inadequados ao meio e ninhos de concretagem. Esses fatores facilitaram a entrada de agentes agressivos, reduzindo a vida útil da edificação para apenas três décadas. Palavras-chave: Manifestações patológicas; Concreto; Termografia Infravermelha; Corrosão. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro, 2014. AZEVEDO, M. T. Patologia das Estruturas de Concreto. In ISAIA, G. C. Ed. Concreto: ciência e tecnologia. Volume 2. 1. ed. São Paulo, 2011. p. 1095-1128. BAROGHEL-BOUNY, V.; CAPRA, B.; LAURENS, S. A durabilidade das armaduras e do concreto de cobrimento. In: OLLIVEIR, J.; VICHOT, A. Ed. Durabilidade do concreto: bases científicas para a formulação de concretos duráveis de acordo com o ambiente. 1. ed. São Paulo: Ibracon, 2014. p. 255-326.

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Seção
Engenharia Civil

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

AZEVEDO, M. T. Patologia das Estruturas de Concreto. In ISAIA, G. C. Ed. Concreto: ciência e tecnologia. Volume 2. 1. ed. São Paulo, 2011. p. 1095-1128.

BAROGHEL-BOUNY, V.; CAPRA, B.; LAURENS, S. A durabilidade das armaduras e do concreto de cobrimento. In: OLLIVEIR, J.; VICHOT, A. Ed. Durabilidade do concreto: bases científicas para a formulação de concretos duráveis de acordo com o ambiente. 1. ed. São Paulo: Ibracon, 2014. p. 255-326.