Diagnóstico e alternativas de redução do consumo de água potável na Escola Politécnica de Pernambuco – POLI/UPE

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Thamiris Lessa Silva
Simone Rosa Silva
Anna Elis Paz Soares

Resumo

A dificuldade de garantir o abastecimento de água nos grandes centros urbanos impulsionou o surgimento de normas e decretos que exigem a redução do consumo de água nos diversos tipos de edificações, objetivando a redução de custos com saneamento e a conservação dos recursos hídricos. Nesse contexto, prédios públicos e educacionais vêm desenvolvendo ações para diagnóstico e controle do consumo de água em suas instalações. O presente estudo tem por objetivo cadastrar as instalações hidrossanitárias da Escola Politécnica de Pernambuco (POLI/UPE), diagnosticar os equipamentos hidrossanitários quanto ao estado de conservação e presença de vazamentos, além de calcular o Indicador de Consumo (IC) de água, relação entre o volume consumido por uma população em um determinado período de tempo, levando em consideração a população e a área construída da Escola, obtendo os IC’s em L/habitante/dia e m³/m²/dia, respectivamente. A etapa inicial consistiu no diagnóstico das instalações e equipamentos hidrossanitários através do preenchimento de ficha cadastral e elaboração de relatório. Após essa etapa, foram analisados dados de consumo de água obtidos através da COMPESA, do período compreendido entre maio de 2012 e abril de 2015, quando teve início o monitoramento diário do hidrômetro do poço, única fonte de abastecimento da POLI. Ao longo de 2015 e no primeiro semestre de 2016 foram instalados outros seis hidrômetros, localizados em pontos de consumo estratégicos: torneira da área externa, cantina, Laboratório de Mecânica dos Solos (LMS) e Laboratório de Materiais de Construção (LMC), banheiros masculino e feminino de uso geral do bloco que possui as salas de maior capacidade da Escola e onde funcionam os setores administrativos - bloco B - , e no ponto de controle dos blocos que concentram atividades dos cursos de Engenharia da Computação e Elétrica – blocos C e J -, que também estão sendo monitorados diariamente. Para o cálculo dos IC’s, os quantitativos de alunos, funcionários e da área construída da POLI ao longo dos últimos três anos foram obtidos do Relatório de Atividades da Universidade de Pernambuco. Para o ano de 2016, os dados foram obtidos com a administração da POLI. O diagnóstico mostrou que o estado de conservação dos aparelhos que são de uso apenas de funcionários é melhor, apresentando um menor número de patologias quando comparados com os aparelhos de uso geral. Os banheiros dos blocos B e K/I são os que requerem maior atenção, pois são os de maior uso da população discente. No cálculo dos IC’s, como a POLI possui uma população flutuante significativa, para o número de agentes consumidores considerou-se a população efetiva total, constituída por funcionários efetivos e alunos matriculados; os meses de janeiro e dezembro foram desconsiderados pois constituem o período de férias. O IC médio encontrado para essa análise, no período compreendido entre abril de 2012 e dezembro de 2015, foi 6,42 L/hab/dia, sendo que a maior média foi em 2012 (8,63 L/hab/dia) e a menor em 2015 (4,65 L/hab/dia). A outra referência calculada foi o indicador por área construída, e para essa análise o IC médio encontrado foi de 0,69 m³/m²/ano. Com a realização desse estudo constatou-se que a manutenção dos equipamentos hidrossanitários da POLI ocorre de forma corretiva, o que pode implicar em um aumento no consumo de água devido a vazamentos e ao pequeno número de equipamentos com tecnologia economizadora. Os índices de consumo estimados devem servir como referência e ferramenta de controle para implantação de ações de conservação de água no campus Poli.

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Seção
Engenharia Civil