Estudo das patologias dos sistemas prediais hidrossanitários em escolas públicas estaduais da cidade do Recife
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Resumo
“A importância do estudo das patologias relativas aos sistemas hidráulicos prediais reside na possibilidade da atuação preventiva, especialmente se elas forem causadas por falhas no processo de produção dos respectivos projetos de engenharia” (SOARES, 2010). “Alguns dos principais problemas patológicos encontrados nos sistemas hidráulicos prediais são: infiltrações, vazamentos, pressão insuficiente, retorno de odores e retorno de espuma” (SOARES, 2010). Gonçalves et al. (2005) ressaltam ainda que “o índice de patologias dos sistemas prediais de água é significativo em edificações escolares. Essa realidade decorre de várias causas, entre elas a falta de sensibilização dos usuários com relação à conservação do meio ambiente, a não-responsabilidade direta pelo pagamento da conta de água e a inexistência ou ineficiência de um sistema de manutenção”. Nesse contexto, esse trabalho abordará o estudo de patologias hidrossanitárias nas edificações do tipo escolar, realizado em escolas públicas estaduais da cidade de Recife, Pernambuco, tendo como objetivo principal analisar as patologias das instalações prediais de água fria, relacionando-as ao consumo de água da escola. A metodologia do estudo seguiu 5 etapas, baseada na utilizada por Nunes (2015), adaptada de Gonçalves et al. (2005), a saber: seleção da amostra, levantamento cadastral e de patologias, seleção das escolas-piloto, monitoramento remoto do consumo de água e determinação dos indicadores de consumo e índices de vazamentos. A partir de uma amostra de 69 escolas públicas visitadas e cadastradas, foram escolhidas 9 escolas como escolas-piloto do presente projeto. O principal critério para seleção das escolas-piloto foi incluir as que apresentavam o maior número de patologias registradas, uma vez que estas escolas tenderão a apresentar maior índice de vazamentos. Os dados de consumo de água das escolas foram obtidos através de contas fornecidas pela concessionária local, que disponibilizam o histórico de consumo do ano de 2016 dessas escolas. A partir desses dados, foram feitas análises de possíveis vazamentos novos ou reparados, para a realização dos cálculos dos índices de perdas e vazamentos. A análise dos resultados obtidos evidencia o provável aparecimento de novos vazamentos em três das escolas-piloto, e possíveis reparos em uma delas. O indicador de consumo das escolas-piloto, variou entre 1,62 e 68,82 L/aluno/dia entre os meses de janeiro e agosto de 2016. Constatou-se também que os índices de vazamentos, em geral, são menores que 20%, possuindo uma variação de 1,98% a 21,43%, mas que influenciam no consumo de água das escolas em estudo. Esses resultados obtidos, também mostram que a maior parte das escolas cadastradas apresentou dificuldades e ineficiência no reparo das patologias encontradas. Geralmente, leva-se algumas semanas ou até meses entre a detecção dos vazamentos e o seu conserto, seja por descaso, por falta de repasse de verbas ou até mesmo por falta de maiores esclarecimentos acerca do assunto. A implantação de uma cultura de inspeção e manutenção periódica das instalações hidrossanitárias consiste em uma medida de suma importância para o combate às perdas por vazamentos, e consequente redução do consumo de água. Palavras-chave: Patologias hidrossanitárias; Vazamentos; Escolas.
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Edição
Seção
Engenharia Civil
Referências
Referências
GONÇALVES, O.; ILHA, M.; AMORIM, S.; PEDROSO, L. Indicadores de uso racional de água para escolas de ensino fundamental e médio. Ambiente Construído, Porto Alegre, v.5, n.3, p.35-48, jul/set, 2005.
NUNES, L. G. C. F.; Indicadores de consumo de água em uma escola estadual de Recife-PE. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil. Universidade de Pernambuco. Recife, PE, 2015.
SOARES, D. A. F.; Patologias em sistemas hidráulicos prediais e de prevenção contra incêndio. Maringá, PR. (Documento interno), 2010.
GONÇALVES, O.; ILHA, M.; AMORIM, S.; PEDROSO, L. Indicadores de uso racional de água para escolas de ensino fundamental e médio. Ambiente Construído, Porto Alegre, v.5, n.3, p.35-48, jul/set, 2005.
NUNES, L. G. C. F.; Indicadores de consumo de água em uma escola estadual de Recife-PE. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil. Universidade de Pernambuco. Recife, PE, 2015.
SOARES, D. A. F.; Patologias em sistemas hidráulicos prediais e de prevenção contra incêndio. Maringá, PR. (Documento interno), 2010.