Diagnóstico dos Pontos Críticos de Acidentes num Trecho de 60 km da BR101 na Região Metropolitana do Recife

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Ellen Carmelita Capelo Silva
Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani
Danielle Maria Gomes de Oliveira
Rodrigo Aguiar dos Santos

Resumo

O trabalho objetiva diagnosticar os 11 pontos de alto índice de acidentes identificados através de três métodos de identificação de pontos críticos de acidentes de trânsito, propostos pelos Manuais de Segurança Viária estudados, para um trecho de 60 km da BR101 na Região Metropolitana do Recife (RMR), com início no município de Igarassu (Km 44) e término no Cabo de Santo Agostinho (Km 104).  Para alcançar tal objetivo foi necessário analisar os dados de acidentes de trânsito ocorridos para os 11 pontos críticos; comparar os métodos de diagnóstico de acidentes de trânsito presentes no Road Safety Manual (PIARC, 2003) e Highway Safety Manual (AASHTO, 2010); adequar os métodos de diagnóstico à realidade Brasileira; e identificar as características físicas e geométricas das vias dos pontos críticos para a área em estudo. O diagnóstico dos pontos críticos identificados no estudo de Oliveira (2016) foi dividido em 4 etapas,  são elas: 1) Histórico do local - foi realizado um levantamento de informações relacionadas com o local; 2) Categorização do local - foi identificada a classificação da via de acordo com sua finalidade e a presença de dispositivos de segurança viária presentes; 3) Análise dos acidentes - foi realizada uma análise dos dados estatísticos de acidentes registrados no local e os fatores relacionados; 4) Visita in loco para coleta de dados - foram realizadas visitas in loco para observar as caraterísticas da via, as condições de tráfego, condições da via, perfil dos usuários e comportamento dos condutores.  Para o diagnóstico dos pontos críticos de acidentes foram analisados dados de acidentes referentes aos anos de 2009 a 2014, fornecidos pela Polícia Rodoviária Federal através do Portal da Transparência. Os métodos de identificação de blackspots utilizados foram de natureza reativa, ou seja, sua análise é posterior ao acidente em um determinado local e a tomada de ação é direcionada para que estes não tornem a acontecer, foram eles: Frequência de acidentes; Taxa de acidentes e EPDO (Equivalent Property Damage Only). Os resultados mostraram um padrão de características em todos os blackspots, como fluxo intenso de veículos, tráfego misto, pavimento danificado, presença de diversos pontos de conflito, iluminação deficiente, sinalização insuficiente, alta velocidade com redução apenas nas lombadas eletrônicas ou devido à retenção de veículos. Os principais tipos de acidentes identificados foram por colisão traseira, 38%; colisão lateral, 32%; e colisão transversal, 8%. E as causas relacionadas foram por falta de atenção, 49%; outras, 22%; e não guardar a distância de segurança, 12%. Este trabalho se mostrou um tema atual e relevante, face aos índices de acidentes registrados no Brasil e comparado com outros países em desenvolvimento no mundo. Com a definição da Organização Mundial de Saúde em estabelecer os anos de 2011 a 2020 como a década da segurança viária, este trabalho vem dar sua contribuição para a redução de acidentes em um dos trechos mais críticos da RMR.

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Seção
Engenharia Civil

Referências

AASHTO. Highway Safety Manual (HSM). Washington-DC: Federal Highway Administration, 2010.

PIARC. Road Safety Manual: Recommendations from the World Road Association. Paris: Route Market, 2003.

OLIVEIRA, D. M. G. Identificação e Diagnóstico de Blackspots na BR-101 na Região Metropolitana de Recife. Recife: Universidade de Pernambuco - UPE, 2016.