Análise do uso de biodigestores anaeróbios para o tratamento de resíduos orgânicos e esgoto

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Victor Michel Gomes da Silva
Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani
Sérgio Peres Ramos da Silva
Lizelda Maria de Mendonça Souto
Micheline Ferreira de Lima

Resumo

O crescimento desordenado do número de habitações informais e comunidades carentes nas grandes cidades implicou em prejuízos para serviços como o saneamento básico. Em Recife, da produção de resíduos sólidos urbanos, 63% são resíduos orgânicos (SMAS; ITEP, 2012), constituídos basicamente por restos de animais ou vegetais. Uma das formas de aproveitamento dessa biomassa é através de processos, como a digestão anaeróbia, em biodigestores, que, por definição, são câmaras fechadas que fornecem condições apropriadas para a fermentação da matéria orgânica realizada por bactérias metanogênicas. Da decomposição são gerados basicamente dois produtos: biofertilizante (efluente produzido pelo processo) e biogás, composto essencialmente por metano (50% a 70%) e dióxido de carbono (20% a 25%) (ANEEL, 2002), que pode ser utilizado na substituição de gases de origem mineral, como combustível para transporte público e/ou em substituição do GLP como gás de cozinha. Para a geração do biogás foram montados, em laboratório, 21 (vinte e um) biodigestores em batelada, variando a concentração em massa de dejetos humanos (Inóculo) e resíduos de alimentos (Insumo) in natura e com adição de enzimas. Procedeu-se a caracterização físico-química no Laboratório de Combustíveis da Escola Politécnica de Pernambuco-POLICOM, com ensaios de análise elementar (C H N S O); análise termogravimétrica para avaliar os sólidos voláteis (SV); potencial hidrogeniônico (pH); Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); teor de umidade; presença de coliformes fecais e nutrientes pós-digestão. Os experimentos foram realizados em triplicata utilizando o cálculo da média aritmética amostral

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Seção
Engenharia Mecânica/Controle e Automação e Tecnologia da Energia

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Atlas da Energia Elétrica do Brasil. 1° ed. 2002.

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE - SMAS e Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP. Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Pernambuco – PERS-PE. Jul. 2012. 306 p. Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13696: Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos- Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.