PRODUTIVIDADE PARA O SISTEMA PAREDE DE CONCRETO

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Marina Macedo Abreu
Alberto Casado Lordsleem Jr.

Resumo

No cenário atual de depressão da economia brasileira, as empresas construtoras buscam ainda mais a redução dos custos e eficácia dos sistemas construtivos para garantir uma produção rentável. Jarkas (2017) afirma que a mão de obra é o recurso mais significativo na construção civil, pois além de ter uso intensivo, têm-se o fato de estar lidando com seres humanos que têm várias necessidades a serem supridas. O autor acrescenta ainda, que a produtividade está diretamente relacionada ao custo e ao cumprimento do cronograma. A produtividade da mão de obra pode ser estudada sob diversos aspectos e modelos, esta pesquisa utiliza o modelo de estratificação, proposto pelos autores Araújo e Sampaio (2012), o modelo estratifica o indicador da produtividade em frações menores, identificando as atividades ocupacionais do trabalhador durante o dia de trabalho. Sendo assim, identifica-se os principais fatores influenciadores da produtividade da mão de obra. Esta pesquisa teve como objetivo estratificar a produtividade da mão de obra em níveis de ocupação na execução do sistema parede de concreto, nas etapas de montagem de armaduras, montagem de fôrmas e concretagem de paredes e lajes. A metodologia adotada foi a coleta de dados, em duas obras na Região Metropolitana do Recife, onde foi feita uma laboriosa observação e levantamento da produtividade da mão de obra levando-se em consideração os níveis de ocupação (trabalho direto, delay, mobilização, paralisação, deslocamento, exigências do canteiro e apoio), os indicadores de produtividade obtidos eram estratificados segundo estas atividades. No serviço de montagem de armaduras, para RUP (Razão Unitária da produção), foram obtidos os valores 0,046 e 0,039 Hh/kg, para as obras A e B respectivamente. Destaca-se a influência das atividades de mobilização e paralisação na RUP, aproximadamente 18% e 15% respectivamente, evidenciando a influência do transporte de material, paradas por ócio e necessidades humanas. O serviço de fôrmas, apresentou maior representatividade do trabalho direto, 93% na obra A e 84% na obra B, evidenciando velocidade e racionalização da etapa, os indicadores foram 0,188 e 0,167 Hh/m², para as obras A e B. E o serviço de concretagem, representou o serviço com maior influência de outras atividades, destacando-se as paralisações, aproximadamente 26%, e delay, aproximadamente 21% da RUP, os valores obtidos foram 0,45 e 0,41 Hh/m³, para as obras A e B. Para o serviço de concretagem os principais fatores influenciadores são as paralisações por falta de concreto, fornecido por empresa terceirizada, e pela espera da preparação do caminhão de concreto. Assim, a principal contribuição desta pesquisa reside na elaboração da estrutura analítica de categorias de ocupações para as etapas de montagem de fôrmas, armaduras e concretagem, bem como a estratificação dos indicadores da produtividade da mão de obra.

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Seção
Engenharia Civil

Referências

ARAÚJO, L. O; SAMPAIO, P. E. How to measure productivity: a real possibility. In: RICS
COBRA CONFERENCE, 2012, Las Vegas – Nevada. Proceedings... Las Vegas, set. 2012.
Disponível em: http://www.rics.org/Global/COBRA2012_Measure_Productivity_200912_dwl_aj.pdf> Acesso em: out. 2017.

JARKAS, A. M. Beamless or beam-supported building floors: Is buildability knowledge the missing link to improving productivity?. Engineering, Construction and Architectural Management, v.24, n.3, p. 537-552, 2017.