Realidade a partir do óculos: Uma abordagem utilizando de Redes profundas para identificar objetos no mundo real

Resumo

De acordo com dados do IBGE (2010), apenas no Brasil, temos aproximadamente 7 milhões de cegos, mas de acordo com Flaxman et al (2017) esse número tende a aumentar, não apenas no Brasil como no mundo. Feiras e eventos vem apresentando uma gama significativa de inovações, para suprir esse crescimento. Porém, essas recentes invenções são para o usuário, caras ou inacessíveis. Pois, tais tecnologias, normalmente se desenvolvem em um hardware próprio ou são pensadas para usuários com um grau de baixa visão. Nesse âmbito, foi proposta a ideia de se utilizar dispositivos da área de mobilidade, devido a sua portabilidade. Mas específico, para realizar esse estudo, foi selecionado o Google Glass, devido ao seu design, que traria uma melhor experiência para o usuário. Além disto a utilização desse dispositivo foi considerada devido à biblioteca do Google conhecida como TensorFlow, na qual estão implementados os modelos de visão computacional mais eficazes para reconhecimento de objetos. Porém, o Google Glass possui, assim como a maioria dos dispositivos móveis, uma capacidade de processamento baixa quando comparados com computadores de mesa, fazendo com que não houvesse disponível em domínios públicos a integração da biblioteca com o dispositivo escolhido. A pesquisa realizada nessa iniciação científica teve como propósito a integração entre esses dois produtos, de modo a viabilizar a utilização de modelos de visão computacional, baseados em redes neurais profundas, no Google Glass. Durante a pesquisa foram utilizados como base, projetos que já realizavam essa integração em outros dispositivos, disponíveis em domínio público, além do estudo do sistema operacional Android que é utilizado pelo Google Glass. Com o estudo dessas plataformas tivemos, ao fim do projeto, um dispositivo compatível com o TensorFlow, capaz de tanto sintetizar a voz, quanto informar ao usuário sobre os objetos que estão presentes em seu raio de visão.Palavras-chave: Acessibilidade; Mobilidade; Tensorflow; Google Glass