Análise do conforto térmico de edifício escolar verde do município do Recife - PE
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Resumo
Atualmente torna-se cada vez mais evidente na indústria da construção civil a corrida por otimizações que agreguem técnicas sustentáveis a fim de reduzir custos e desperdícios, e preservar os recursos naturais com o objetivo de oferecer um ambiente confortável aos usuários. Neste contexto, foi proposta uma análise do conforto térmico de uma unidade escolar planejada e construída com técnicas e elementos sustentáveis, visto a escassez desse tipo de estudo e ainda a falta da cultura de verificações de conforto pós-ocupacional. O estudo seguiu com a análise dos critérios de desempenho vigente na NBR 15575-1 (2013), comparando as temperaturas interna e externa, dispondo para os níveis de aceitação de desempenho: o mínimo, o intermediário e o superior (ABNT, 2013). Considerando ainda o clima da cidade do Recife, como quente e úmido, segundo a classificação climática de Köppen (ALVARES et al., 2014) e a época de verificação, sendo a mesma: o verão. Para a coleta dos resultados, foram utilizados aparelhos de verificação de temperatura e umidade (datallogers), instalados em duas salas de aula e no Foyer da edificação - ambiente aberto de circulação. Além de aplicação de questionários de avaliação da sensação térmica dos alunos, nos dias de verificação. Os dados foram analisados para salas abertas e fechadas sem a presença de alunos, e salas abertas com a presença dos alunos. De acordo com os resultados as salas de aula apresentaram os piores níveis quando as mesmas estavam fechadas e sem alunos, alcançando externamente uma média de temperatura de 31,34 °C, dispondo de temperaturas internas maiores variando cerca de 1°C. Além disso, apresentaram uma baixa umidade interna de aproximadamente 53%, garantida pela condição de ambiente fechado, o que interferiu para criar um efeito de “estufa” no interior das salas. Para a verificação da condição das salas abertas sem os alunos, também em decorrência do verão, houve apenas 0,5°C de variação entre as temperaturas médias diárias internas e externas. O ambiente das salas de aula abertas quase que simulava o ambiente externo, o que evidencia uma falha na eficiência do ambiente construído, pois o mesmo deve abrigar os usuários das intempéries as quais está submetido. Por fim, para a condição aberta com os alunos, as salas foram bem avaliadas pelos usuários através dos questionários aplicados, embora uma das salas não apresentasse níveis superiores de desempenho. Esse fato pode ser explicado devido a variados fatores, tais como: a localização da sala, as atividades nela desempenhadas e ainda a complexidade de evidenciar a sensação térmica humana para análises de conforto, tendo em vista que para cada aluno existem diversas variáveis influenciadoras difíceis de serem discorridas. De modo geral, os ambientes se comportaram como o previsto, destacando ainda as avaliações positivas dos alunos em relação às salas, sendo esta a verificação mais importante do estudo.
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Edição
Seção
Engenharia Civil
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Desempenho de Edificações Habitacionais – Parte 1: Requisitos Gerais. Rio de Janeiro, 2013. 60 p.
ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C, GONÇALVES, J. L. M.; SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, 2014. 711–728 p.
ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C, GONÇALVES, J. L. M.; SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, 2014. 711–728 p.