POTENCIALIDADES FEMININAS: POTENCIALIDADES ENERGÉTICAS

Resumo

O acesso aos cursos de engenharia é uma realidade ainda distante para grande parcela da população feminina. A falta de apoio acadêmico, financeiro, o preconceito com a competência feminina e a violência simbólica a que são submetidas contribuem para a evasão acadêmica. Este trabalho é um relato da experiência vivenciada entre os anos de 2017 e 2018, resultado do projeto de extensão “Potencialidades Femininas: Potencialidades energéticas”, aprovado pelo Programa Institucional de Apoio à Extensão - PIAEXT, e teve como objetivo incentivar e apoiar a permanência da mulher nos cursos de engenharia da Escola Politécnica de Pernambuco, visto que o quantitativo delas ainda é baixo. Coincidentemente as integrantes do projeto são unicamente do curso de Engenharia Mecânica. O projeto capacitou às integrantes e ajudou a desenvolver habilidades, gerando assim a oportunidade de integrá-las ainda mais em suas futuras áreas de atuação, trazendo além de conhecimento, a chance de torná-las disseminadoras do potencial feminino neste ambiente ainda dominado por homens. Composto por atividades práticas e teóricas, foi ofertado um curso de Arduino básico, 9h, no qual aprenderam sobre a lógica de programação na plataforma Arduino. Planejada para ser um hardware e software de fácil utilização e baixo custo (FONTES, ALVES, R.M. et al, 2012); um curso de fluidodinâmica computacional com o software ANSYS, 60h. A Fluidodinâmica Computacional (CFD) o qual confere ao grupo técnicas matemáticas, numéricas e computacionais usadas para resolver, visualizar e interpretar soluções para as equações de conservação, de grandezas físicas de interesse (FONTES, C.E.; GUIMARÃES, F.M.Q., 2005), muito abrangente dentro da Engenharia Mecânica pela importância que a modelagem computacional tem no mercado. Por último, foram realizadas visitas aos quatro museus de ciências do estado, localizados na UFPE. Esta permitiu ampliar a aprendizagem fora do ambiente acadêmico, com objetivo de mostrar o museu como fonte de entretenimento e aprendizado não formal. Ao fim, as estudantes elaboraram um artigo acadêmico titulado “Lugar de mulher é na engenharia: Projetos que incentivam a potencialidade energética feminina”, no qual foi relatado sobre a importância deste tipo de projeto nos espaços acadêmicos universitários e foi apresentado no Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia – COBENGE na edição de 2018. As alunas têm a certeza de que todas atividades programadas intencionalmente contribuíram para o crescimento acadêmico, que ficaram mais qualificadas, confiantes e preparadas para os desafios da vida profissional.