Avaliação da impermeabilização do solo ao longo do tempo e estudo de técnicas compensatórias para melhorar a drenagem no bairro de Boa Viagem no Recife
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Resumo
Nas décadas finais do século XX, segundo indicadores do IBGE (2020), houve uma acelerada evolução da urbanização nas grandes cidades brasileiras, caracterizada pela carência de infraestrutura adequada. Tal fato acarretou no processo de impermeabilização do solo, diminuindo a infiltração das águas pluviais e aumentando o pico de vazões. Construída a partir de um modelo higienista e situada em terras baixas costeiras – maior influência das marés, existem no Recife as galerias afogadas. Isso acontece quando a cota das galerias fica abaixo da jusante, passando a ocorrer impedimento do fluxo das vazões, sendo uma das causas dos alagamentos. A rede de drenagem está interligada ao sistema viário, por isso os alagamentos causam interdição de vias com prejuízos ao trânsito de veículos e pessoas e dificuldades para a saúde pública. Tais impactos poderiam ser amenizados a partir de técnicas compensatórias, que possibilitam o controle de vazão na fonte de geração. Objetivou-se, portanto, analisar o uso e ocupação do solo em um trecho do bairro de Boa Viagem, e identificar técnicas compensatórias para atenuar os alagamentos. A partir de ortofotos disponibilizadas pela FIDEM em 2019, foi selecionada uma área de 6,5 hectares e definidos parâmetros em relação ao tipo do solo e sua permeabilidade, estimando-se a impermeabilização ao longo de 40 anos e a partir do método racional, estimar o aumento do pico de vazão. Foi verificado que na área de estudo, o solo permeável, diminuiu 1417,7% durante o período estudado. Nessa mesma região houve uma mudança de 0,61 m³/s para 2,02 m³/s na vazão de escoamento superficial, aumento de 333,32%. A partir de investigação bibliográfica foram selecionadas duas técnicas compensatórias para análise e proposição para a área de estudo. A primeira delas se baseia na dissertação de Mesquita (2017) que estudou o uso de valas de infiltração – pequenas depressões sobre as calçadas para ocorrência da infiltração – se mostrando uma boa alternativa em chuvas de menor volume. A segunda técnica é a bacia de detenção – microrreservatório abastecido exclusivamente pelo excedente das águas pluviais – que se baseia no estudo de Silva (2010) e estima uma redução de até 83% do pico de vazões. Portanto, após buscas e análises dos resultados, identificou-se a eficiência de ambas as soluções, porém em tipos de precipitações diferentes, demandando também, a realização de estudo com análises de campo para viabilizar as técnicas propostas.
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Edição
Seção
Engenharia Civil