Estudo da viabilidade de uso de scanner 3D como ferramenta de apoio a perícia grafotécnica

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Murilo Campanhol Stodolni
Byron Leite Dantas Bezerra
Murilo Antonio M. Lopes

Resumo

Assinaturas manuscritas, comumente, são utilizadas para autenticar e validar diversos tipos de documentos. Por esse motivo, peritos grafotécnicos precisam analisar e investigar a autenticidade da grafia ali exposta a fim de evitar possíveis fraudes, podendo envolver alto valor monetário. Quando o indivíduo realiza o ato de escrever ou assinar, a natureza neural de sua personalidade é inconscientemente presente na caligrafia (Del Picchia Filho, 2016). A assinatura manuscrita apresenta diversas características em sua grafia que apontam a autoria do signatário. Dessa forma a assinatura manuscrita é considerada um dos mais utilizados meios biométricos. O projeto de pesquisa teve como objetivo inicial o estudo da viabilidade de scanner 3D na captura de características intrínsecas à grafia e a utilização desses dados para ajustar um modelo computacional como ferramenta de apoio aos peritos grafotécnicos. Como metodologia para viabilizar o uso do scanner 3D, foi utilizada a ferramenta 3D SENSE, no entanto, o uso do scanner 3D não se mostrou eficaz para o objetivo alvo. Em função disso, a pesquisa foi direcionada para criação de uma base de dados através de uma aplicação web que permitisse obter as características utilizadas na análise de peritos grafotécnicos em atuação no território nacional. Através dessa ferramenta foi possível extrair dados que indicam as características grafotécnicas mais utilizadas por estes peritos. Essas características se referem a grafia do escritor, tais como a pressão, a evolução, a espessura do traço, o ponto de apoio do traço, entre outras, que totalizaram 27 características utilizadas neste projeto, a partir da bibliografia dos seguintes autores (FALAT, 2012; SILVA, 2013; MENDES, 2013). Além disso, foi possível coletar dados pertinentes aos profissionais peritos, além de um total de 151 perícias realizadas em bases de imagens devidamente preparada para este experimento. Um dos resultados obtidos foi mensurar as características de análises mais utilizados pelos peritos, assim como a taxa de erro dos peritos, que ficou em 36% do total de análises feitas pelos profissionais. Esses dados serão utilizados como referência para elaboração e ajustes de um modelo de classificação no intuito de apoiar as análises e diminuir a taxa de erro.

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Seção
Engenharia da Computação e Sistemas