O impacto da COVID-19 na Construção Civil. Estudo de caso em uma obra no bairro de Candeias.
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Resumo
Causado pelo coronavirus denominado de SARS-Cov-2, a pandemia da COVID-19 iniciou em dezembro de 2019, na China, e se estendeu para o Brasil em fevereiro de 2020. De acordo com o Ministério da saúde (2020) a doença apresenta uma variância clinica de infecções assintomáticas à quadros graves, na qual readaptou todo o cotidiano e logistica professional, principalmente, no âmbito da construção civil. Além das medidas restritivas generalizadas (SAADAT et al., 2020), a construção civil sofreu impactos econômicos, oriundos da escassez de matéria prima e, consequentemente, escassez dos materiais utilizados na realização das atividades (CBIC, 2020; Al Amri, 2021). A partir disto, este trabalho tem como objetivo analisar os impactos, em uma obra de habitação de interesse social no bairro de Candeias – Jaboatão, da pandemia do COVID-19 tanto no orçamento programado, quanto no cronograma final da construção. O estudo está sendo realizado em uma construção de interesse social, composta por oito torres, com cinco pavimentos e oito apartamentos por pavimento, totalizando 320 apartamentos. A obra está localizada no bairro de Candeias – Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco). A obra foi construida sobre radier com 86 estacas pré moldadas de concreto, e sua estrutura com paredes de concreto oriundos das placas de alumínio. A análise foi realizada atráves de vistorias no local e do cronograma estabelecido para o desenvolvimento de cada etapa, sendo possível avaliar a relação entre gastos nas compras de materiais e conclusões dos serviços. A obra iniciada em agosto de 2020 estava prevista para ser entregue em outubro de 2021 com um gasto total de R$17.000.000, mas com os impactos da pandemia, ocorreu um acréscimo no prazo, como também no valor, que foi de aproximadamente 15% (R$19.550.000). Tudo isto foi percebido com o aumento de gastos dos materiais: cimento que aumentou cerca de 30%; aço mais de 100%; esquadria (janela) cerca de 26%; revestimento cerâmico aproximadamente 33%, entre outros. Estas variações se assemelham ao percentual previsto pelo CBIC (2021).A dificuldade, provocada pela COVID-19, de acesso as matérias primas, atrasou a produção dossubprodutos, o que atrasa a execução dos serviços em obra e o seu prazo final. Sendo assim, os impactos deste atraso foram mais intensos em três serviços:: execução do radier, do revestimento cerâmico e dos assentos de portas e janelas. No caso do radier, ocorreu um atrasou de três meses; o revestimento cerâmico teve um atraso de dois meses e o assentamento de portas e janela com atraso de dois meses. Desta maneira, esta situação impactou signficativamente na logistica da obra, contabilizando atrasos na execução dos services em uma média de 55 dias
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Edição
Seção
Engenharia Civil