Avaliação da iluminação de ambiente de trabalho por simulação : um experimento
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Resumo
Uma iluminação adequada permite que as pessoas vejam o ambiente, se movimentem e realizem tarefas visuais com segurança, eficiência e precisão, sem causar fadiga ocular e desconforto. Nesse sentindo, para Sholanke et al., (2021), a iluminação adequada no ambiente interno é uma condição fundamental para melhorar o desempenho visual, o conforto visual e o conforto no ambiente de trabalho. Para tanto, o conforto visual depende de condições específicas, como intensidade, uniformidade das densidades luminosas, uniformidade temporal da luz, contraste excessivo e eliminação do ofuscamento e sombreamento (GRANDJEAN, 2002). A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais do que apenas fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que as tarefas sejam realizadas facilmente e com conforto (PAIS, 2011). Nesse sentido, a iluminação artificial não tem a função apenas de representar sistematicamente o espaço, mas também de proporcionar segurança e conforto para os usuários. Para isso, com o avanço da tecnologia e o auxílio das normas, é possível simular ambientes, no qual possa ser observado e avaliado de forma tridimensional, com o intuito de eliminar riscos aos usuários e promover recomendações ao sistema lumínico (MORAES; ALCOLJOR; BITTENCOURT, 2020). De acordo com Grondzik e Kwok (2013), os softwares e plug-ins de simulação foram desenvolvidos a partir de modelos arquitetônicos para facilitar na tomada de decisões, afim de atender um conjunto de critérios estabelecido pelas normas que assegura o trabalhador tanto no conforto luminoso, quanto no conforto ambiental. Para Moraes; Alcoljor; Bittencourt, (2020) e Maamari et al., (2006), tais simulações são capazes de gerar diretrizes para o ambiente laboral, nos quais podem auxiliar os projetistas no que diz a respeito da iluminação artificial ou natural adequada ao ambiente, em busca do conforto luminoso e do conforto ambiental. Entretanto, as normas de segurança, com ênfase na NHO11, preveem procedimentos exaustivos e que exigem conhecimentos técnicos aprofundados. Em contrapartida, a adequação dos níveis de iluminamento de ambientes de salas de aula de instituições públicas de ensino, considerados ambientes laborais de discentes e docentes, dependem de manutenção rotineira e de investimento no diagnóstico e soluções. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo analisar a eficácia das simulações computacionais para avaliação do sistema de iluminação de sala de aula, como um meio alternativo de diagnóstico e auxílio à manutenção. A metodologia utilizada para a pesquisa teve auxílio de um protocolo de pesquisa, com uso strings de busca para coleta de artigos científicos em revistas indexadas. O objeto de estudo sala de aula do campus da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco – POLI/UPE. Por fim, para a simulação, foi utilizado o software Relux Desktop. E por fim, os resultados da simulação foram comparados com resultados de avaliação quali-quantitativa fundamenta da NHO11, previamente realizada. Para a simulação, foram inseridos dados de entrada como o número do projeto, o objeto a ser analisado, o tipo de instalação, responsável e a data, logo após são inseridos o tipo do projeto, o pé direito do objeto de estudo, o arquivo do projeto de arquitetura de iluminação, e por fim o dimensionamento do objeto estudado. A partir dos dados de entrada, foram gerados resultados disponibilizados por imagens em 2D, 3D e renderizadas. Comparando os resultados, verificou-se que os postos de trabalho imediatamente abaixo das luminárias e nas áreas adjacentes possuem níveis de iluminação semelhantes. Entretanto, foram verificadas inconsistências em determinados pontos, por utilizar parâmetros fundamentados na norma de desempenho. Ainda com essas ressalvas, considerou-se o uso da simulação por softwares eficaz, correspondendo a hipótese inicial de se caracterizar como ferramenta de rápido e fácil uso que pode ser utilizada para avaliar o sistema de iluminação de uma instituição pública de ensino, que tem recursos limitados e gestão da manutenção deficiente.
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Edição
Seção
Engenharia Civil