Avaliação da iluminação de ambiente de trabalho por simulação : um experimento

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Amanda De Morais Alves Figueira
Bianca M. Vasconcelos
Felipe Mendes Da Cruz

Resumo

Uma iluminação adequada permite que as pessoas vejam o ambiente, se movimentem e realizem tarefas visuais com segurança, eficiência e precisão, sem causar fadiga ocular e desconforto. Nesse sentindo, para Sholanke et al., (2021), a iluminação adequada no ambiente interno é uma condição fundamental para melhorar o desempenho visual, o conforto visual e o conforto no ambiente de trabalho. Para tanto, o conforto visual depende de condições específicas, como intensidade, uniformidade das densidades luminosas, uniformidade temporal da luz, contraste excessivo e eliminação do ofuscamento e sombreamento (GRANDJEAN, 2002). A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais do que apenas fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que as tarefas sejam realizadas facilmente e com conforto (PAIS, 2011). Nesse sentido, a iluminação artificial não tem a função apenas de representar sistematicamente o espaço, mas também de proporcionar segurança e conforto para os usuários. Para isso, com o avanço da tecnologia e o auxílio das normas, é possível simular ambientes, no qual possa ser observado e avaliado de forma tridimensional, com o intuito de eliminar riscos aos usuários e promover recomendações ao sistema lumínico (MORAES; ALCOLJOR; BITTENCOURT, 2020).  De acordo com Grondzik e Kwok (2013), os softwares e plug-ins de simulação foram desenvolvidos a partir de modelos arquitetônicos para facilitar na tomada de decisões, afim de atender um conjunto de critérios estabelecido pelas normas que assegura o trabalhador tanto no conforto luminoso, quanto no conforto ambiental. Para Moraes; Alcoljor; Bittencourt, (2020) e Maamari et al., (2006), tais simulações são capazes de gerar diretrizes para o ambiente laboral, nos quais podem auxiliar os projetistas no que diz a respeito da iluminação artificial ou natural adequada ao ambiente, em busca do conforto luminoso e do conforto ambiental. Entretanto, as normas de segurança, com ênfase na NHO11, preveem procedimentos exaustivos e que exigem conhecimentos técnicos aprofundados. Em contrapartida, a adequação dos níveis de iluminamento de ambientes de salas de aula de instituições públicas de ensino, considerados ambientes laborais de discentes e docentes, dependem de manutenção rotineira e de investimento no diagnóstico e soluções. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo analisar a eficácia das simulações computacionais para avaliação do sistema de iluminação de sala de aula, como um meio alternativo de diagnóstico e auxílio à manutenção. A metodologia utilizada para a pesquisa teve auxílio de um protocolo de pesquisa, com uso strings de busca para coleta de artigos científicos em revistas indexadas. O objeto de estudo sala de aula do campus da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco – POLI/UPE. Por fim, para a simulação, foi utilizado o software Relux Desktop. E por fim, os resultados da simulação foram comparados com resultados de avaliação quali-quantitativa fundamenta da NHO11, previamente realizada. Para a simulação, foram inseridos dados de entrada como o número do projeto, o objeto a ser analisado, o tipo de instalação, responsável e a data, logo após são inseridos o tipo do projeto, o pé direito do objeto de estudo, o arquivo do projeto de arquitetura de iluminação, e por fim o dimensionamento do objeto estudado. A partir dos dados de entrada, foram gerados resultados disponibilizados por imagens em 2D, 3D e renderizadas. Comparando os resultados, verificou-se que os postos de trabalho imediatamente abaixo das luminárias e nas áreas adjacentes possuem níveis de iluminação semelhantes. Entretanto, foram verificadas inconsistências em determinados pontos, por utilizar parâmetros fundamentados na norma de desempenho. Ainda com essas ressalvas, considerou-se o uso da simulação por softwares eficaz, correspondendo a hipótese inicial de se caracterizar como ferramenta de rápido e fácil uso que pode ser utilizada para avaliar o sistema de iluminação de uma instituição pública de ensino, que tem recursos limitados e gestão da manutenção deficiente.

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Seção
Engenharia Civil
Biografia do Autor

Amanda De Morais Alves Figueira, Escola Politécnica de Pernambuco da Universidade de Pernambuco (UPE - POLI) / Mestranda

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Ciências Humanas Esuda (2016). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo. Pós - graduanda na área de Engenharia de Segurança do Trabalho na Universidade de Pernambuco UPE/POLI (2017/2018). A iluminação integrada ao projeto de acessibilidade informacional visando a prevenção de acidentes.; Componente do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq Ergonomia, Higiene e Segurança do Trabalho. Atualmente, é mestranda em Engenharia Civil, pela Escola Politécnica de Pernambuco (PEC/UPE) vinculado como pesquisadora do Laboratório de Segurança e Higiene do Trabalho (LSHT) da Universidade de Pernambuco, com a linha de pesquisa direcionada em Engenharia de Segurança do Trabalho na Construção Civil.

Bianca M. Vasconcelos, Escola Politécnica de Pernambuco da Universidade de Pernambuco (UPE - POLI)

Arquiteta e Urbanista (2006) pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Engenheira de Segurança do Trabalho (2009) e Mestre em Engenharia Civil (2009) pela Universidade de Pernambuco - UPE, e Doutora em Engenharia Civil (2013) pela Universidade do Porto / Portugal, com diploma revalidado na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Atualmente é Professora Adjunta da Universidade de Pernambuco - UPE e líder do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq - Ergonomia, Higiene e Segurança do Trabalho. É Coordenadora Adjunta do Colegiado do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP, docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e membro do Núcleo Docente Estruturante do curso de graduação em Engenharia Civil, da UPE. Tem atuação em Acessibilidade e Tecnologias Assistivas, BIM, Ergonomia, Prevention through Design (PtD), Segurança na Construção, Tecnologias Imersivas.

Felipe Mendes Da Cruz, Escola Politécnica de Pernambuco da Universidade de Pernambuco (UPE - POLI)

Atualmente é professor adjunto da UPE ministrando a disciplina de engenharia de segurança do trabalho na graduação. Bem como, professor de laudos e perícias no curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e Higiene Ocupacional. Está como coordenador do curso de Especialização em Engenharia Urbana da UPE e professor da disciplina de segurança do trabalho em obras públicas. Pertence ao quadro de docentes do Programa de Mestrado em Construção Civil da POLI (PEC/POLI). É integrante do Núcleo de Segurança e Higiene do Trabalho/NSHT, com atuação no desenvolvimento de pesquisas na área de gerenciamento de riscos em processo industriais e construção civil. Compõe o corpo editorial da Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada/REPA. Quanto a formação, é graduado em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Escola Politécnica de Pernambuco (POLI - UPE), Mestre em Engenharia Civil na linha de pesquisa de segurança na construção civil pela Escola Politécnica de Pernambuco (POLI-UPE). Doutor em Engenharia Industrial e de Sistemas pela Universidade do Minho (UMINHO - PT).