Pavimentos permeáveis: comparativo entre os revestimentos de concreto moldado in loco e piso intertravado
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Resumo
A crescente taxa de urbanização nas últimas décadas estimulou o aumento da impermeabilização do solo, ocasionando problemas como inundações e efeito de ilha de calor em diversas cidades brasileiras. Os pavimentos permeáveis surgem como alternativa ao controle de enchentes por auxiliar na diminuição do escoamento superficial de águas pluviais, permitindo uma maior infiltração da água que antes seria adicionada ao volume escoado. No estacionamento da Escola Politécnica de Pernambuco (POLI – UPE) estão localizadas quatro vagas executadas em estruturas permeáveis, sendo duas com revestimento de concreto moldado in loco com idade aproximada de 4 anos e duas com piso intertravado, com 5 meses de execução, que totalizam uma área aproximada de 50 m². Para realização de análise e comparação entre os revestimentos e, concomitantemente, com dados obtidos anteriormente nos pavimentos, realizaram-se ensaios de determinação do coeficiente de permeabilidade, no período de julho/2021, conforme preconizado pela NBR 16416 (ABNT, 2015). Inicialmente, as estruturas recém-construídas com revestimento de concreto moldado in loco e base com brita reciclada, apresentaram um coeficiente de permeabilidade de 1,83x10-3m/s, após 10 meses de construção, obteve-se um valor médio de 4,23x10-5m/s, indicando a necessidade de realização de manutenção no pavimento. Decorridos 4 anos da execução das estruturas, foram realizados os procedimentos de limpeza recomendados (varrição, aspiração e jateamento de água), e o coeficiente de permeabilidade apresentou um valor médio de 3,52x10-3m/s. As estruturas recém-construídas por piso intertravado permeável e brita reciclada apresentaram um valor médio de 2,85x10-3m/s, enquanto que as estruturas constituídas por base convencional apresentaram um valor médio de 2,45x10-3m/s. Após 4 meses de execução, realizou-se uma varrição nas estruturas de piso intertravado permeável, e obteve-se um valor médio do coeficiente de permeabilidade da ordem de 4,58x10-4m/s para base reciclada, e de 2,26x10-3m/s para base convencional. Verificou-se que, os coeficientes de permeabilidade determinados nesta pesquisa, no período de julho/2021, apresentaram resultados significativos em relação aos obtidos posteriormente às suas construções, apesar do período chuvoso na cidade. Após as manutenções, obteve-se melhoras expressivas no caso do concreto moldado in loco, com aumento de aproximadamente 560% na taxa de infiltração. Conclui-se que ambos os revestimentos são eficazes e que deve ocorrer manutenções de forma periódica para preservar a capacidade de percolação das estruturas, evitando a colmatação e o surgimento de vegetação.
Palavras-chave: Pavimentos permeáveis; Concreto moldado in loco; Piso intertravado; Coeficiente de permeabilidade.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16416. Pavimentos permeáveis de concreto - Requisitos e procedimentos. Rio de Janeiro, 2015.
Palavras-chave: Pavimentos permeáveis; Concreto moldado in loco; Piso intertravado; Coeficiente de permeabilidade.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16416. Pavimentos permeáveis de concreto - Requisitos e procedimentos. Rio de Janeiro, 2015.
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Edição
Seção
Engenharia Civil