Uso do monitoramento remoto em tempo real, com alertas aos gestores e trabalhadores, como estratégia de prevenção de acidentes de trabalho na construção civil: Revisão Sistemática da Literatura

Resumo

A construção é uma indústria perigosa que abrange diversas atividades, incluindo construção, alteração e reparação (CHAN et al., 2020; OSHA, 2023; ZHANG et al., 2021). Os trabalhadores desta indústria podem estar sujeitos a riscos significativos, como quedas de altura, exposição a maquinário desprotegido, impactos de equipamentos pesados, choques elétricos, dentre outros (OLIVEIRA; DE ALBUQUERQUE SOARES; VASCONCELOS, 2023; OSHA, 2023; SHEN et al., 2022). Por esta razão, um conjunto de ferramentas tecnológicas para monitoramento de obra em tempo real (RTLS), com alerta de riscos de acidentes para acompanhamento contínuo dos trabalhadores, pode ser mais eficiente e auxiliar na prevenção de acidentes de trabalho (KHAN. et al., 2022). Essas ferramentas podem fornecer alertas automáticos aos trabalhadores e à equipe de gestão de obras, permitindo uma resposta imediata e adequada a qualquer incidente (KHAN et al., 2022, GUO et al., 2018). Este trabalho teve por meta realizar uma revisão sistemática da literatura (RSL) sobre o tema. A revisão foi realizada em seis bases de dados onde foram encontrados inicialmente 1070 artigos. Após aplicação dos filtros e critérios de inclusão e exclusão, restaram apenas 24 artigos para estudo qualitativo. Os resultados parciais obtidos destacam a importância do uso de tecnologias de localização em tempo real na prevenção de acidentes de trabalho e na redução de riscos. Os sistemas propostos permitiram uma antecipação aos acidentes, fornecendo informações aos funcionários e resultando em benefícios para a saúde dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que evitaram possíveis prejuízos financeiros decorrentes de acidentes de trabalho. Algumas limitações como precisão da tecnologia em relação ao alerta e a obstáculos físicos, custo de infraestrutura de monitoramento, privacidade e segurança de dados dos trabalhadores, resistência a aceitação dos funcionários e integração de sistemas tecnológicos, são barreiras para a implementação da tecnologia nos canteiros de obras.