Análise do potencial de produção de energia, syngas e biodiesel de óleo de borra de café
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Resumo
Independente de classe social, idade e sexo, nos bairros e periferias das grandes cidades brasileiras, é uma prática cotidiana da população e até cultural, o hábito de tomar café seja durante o café da manhã, em intervalos durante o expediente nos ambientes de trabalho, em conversas com os amigos, para ficar acordado ou simplesmente para relaxar. Uma das explicações para o consumo de café é que um quilo do produto equivale a menos de 2% do salário mínimo e por isso não causa grande impacto no orçamento doméstico (G1 PE, 2016). De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o Brasil chegou a marca de 21,3 milhões de sacas consumidas em 2016, devido ao alto consumo da bebida no país, e uma grande quantidade de resíduos é gerada diariamente nos mais diversos estabelecimentos onde é produzido (ABIC, 2016). Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de café na Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco e nos estabelecimentos em sua circunvizinhança, caracterizar o resíduo, realizar a extração de óleo e produção do biodiesel com a borra de café através do processo transesterificação, que é um processo no qual ésteres reagem com monoálccol em excesso na presença de um catalizador produzindo biodiesel e glicerol (SUAREZ et. al, 2015). Avaliou-se o Poder Calorífico (PC) da borra, do óleo e do biodiesel, onde PC é definido por Quirino (2000) e Virmond (2007) como a quantidade de energia liberada na oxidação completa de um determinado combustível por unidade de massa ou por unidade de volume, no caso dos gases e apresenta-se de duas formas: Poder Calorífico Superior (PCS) e Poder Calorífico Inferior (PCI). Por fim, foi realizada a gaseificação da borra café nas temperaturas de 700 e 800 °C. Inicialmente, o resíduo foi coletado após sua produção, passando pelo processo de secagem em mufla, depois procedeu-se a caracterização físico-química, a extração do óleo utilizando o extrator soxhlet e então foi produzido o biodiesel. Os resultados obtidos foram 5426,80 kg consumidos de café na POLI e adjacencias ao ano, a caracterização da biomassa mostrou um grande potencial energético. O Poder Calorífico Inferior para a borra de café foi de 20,44 MJ.kg-1, 38,13 MJ.kg-1 para o óleo e 38,27 MJ.kg-1 para o biodiesel. Na gaseificação, observou-se a presença de gases como H2, CH4, C3H8 e C4H10, e PCS entre 10,87 MJ.m-3 a 11,81 MJ.m-3 evidenciando possíveis aplicações do resíduo como uma fonte de energia renovável. Palavras-chave: Resíduos; Borra de café; Energia Renovável.
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Edição
Seção
Engenharia Mecânica/Controle e Automação e Tecnologia da Energia
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CAFÉ (ABIC). Evolução do consumo interno de café. Disponível em: . Acesso em: 30 de Dez. 2016.
G1 PE. AGRO: A Industria-Riqueza do Brasil. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/ agronegocios/agro-a-industria-riqueza-do-brasil/noticia/2016/07/consumo-de-cafe-no-brasil-cresce-em-2016.html. Acesso em: 08 Dez. 2016.
SUAREZ, P. A. Z.; SANTOS, A. L. F.; RODRIGUES, J. P.; ALVES, N. B. Biocombustíveis a partir de óleos e gorduras: Desafios tecnológicos para viabializá-los. Quim. Nova São Paulo, v. 32, p. 768-775, 2009.
VIRMOND, E. Aproveitamento do lodo de tratamento primário de efluentes de um
frigorífico como fonte de energia. Dissertação de mestrado. Florianópolis, SC: UFSC, 2007.
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